Em casos de grande infestação, a erva pode matar as árvores e causar sua queda
Mariana Machado estagiária
Um alerta tem sido encontrado nas árvores da Rua Piabanha: “Socorro. As ervas de passarinho estão me matando. Você pode me salvar?”. Isso porque as ervas apresentam risco às árvores, que têm seus nutrientes roubados. O Diário encontrou a presença das ervas na Rua Piabanha e na Rua do Imperador, em frente ao Colégio Estadual Dom Pedro II (Cenip).
A erva de passarinho é um hemiparasita para as árvores, ou seja, sobrevivem através da sua própria produção de comida pela fotossíntese, mas também pela absorção de água e nutrientes de outras plantas. A erva gera alimentos para aves que, após ingeri-las, defecam e disseminam a infestação, que rouba nutrientes das árvores, que, embora possam sobreviver a esses parasitas, em alguns casos, a erva-de-passarinho pode acabar matando sua hospedeira.
Isso ocorre porque a planta envia suas raízes para a camada de câmbio da casca da árvore, onde suga a água e os nutrientes, enfraquecendo-a lentamente. Quando a infestação se torna muito grande, o risco de queda da árvore é alto, o que preocupa, pois além de perder parte da vegetação de Petrópolis, a árvore pode atingir carros, pedestres, e até mesmo parte das residências localizadas na via.
O problema é encontrado também na Rua do Imperador, em frente ao Cenip, onde as ervas estão na altura da cabeça das pessoas, apresentando incômodo a todos que passam por ali, e perigo de queda da árvore em uma região central da cidade, que tem pedestres e automóveis passando a todo momento.
Por isso, a Secretaria de Meio Ambiente foi questionada sobre a situação, que ressalta a realização de vistorias periódicas no arboreto público, com o objetivo de preservar e manter o equilíbrio ambiental. “As ervas-de-passarinho representam, de fato, um desafio, pois muitas vezes precisam ser removidas por meio da poda, que em alguns casos podem ser mais intensa”, afirmou a secretaria.
“É importante destacar que a erva de passarinho faz parte da dinâmica da própria natureza e que, na maioria das situações, as árvores podadas rebrotam, retomando o aspecto frondoso de suas copas com o tempo. Todas as avaliações realizadas pela Secretaria são feitas com responsabilidade e sempre acompanhadas por um profissional qualificado”, conclui.
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