Espetáculo “Prefácio”, com entrada gratuita e palestra do maestro Lucas Ribeiro, será realizado na quarta-feira, 10 de setembro, às 20h, com acesso por ordem de chegada
O Coro Santa Cecília, da tradicional Escola de Música Santa Cecília, realiza na próxima quarta-feira, 10 de setembro, às 20h, no Teatro Imperial, a apresentação intitulada “Prefácio”, com entrada franca. O espetáculo, que leva como subtítulo “Quando a voz abre caminhos”, marca mais um capítulo da trajetória da instituição que, há mais de 100 anos, dedica-se à formação musical e à difusão da cultura em Petrópolis.
A noite reunirá vozes em harmonia, explorando um repertório que transita entre o clássico e o contemporâneo, reafirmando a vocação da escola em promover experiências que unem tradição e inovação. Como parte da programação, o público terá a oportunidade de acompanhar também uma mini palestra do maestro Lucas Ribeiro, que vai integrar reflexão e música em uma vivência única para os espectadores.
Fundada com o objetivo de democratizar o acesso à educação musical, a Escola de Música Santa Cecília consolidou-se como um espaço de excelência no ensino de instrumentos, canto e teoria, formando não apenas músicos, mas cidadãos sensíveis à arte e comprometidos com a cultura. O coro, um de seus grupos mais emblemáticos, atua como vitrine do trabalho pedagógico e artístico desenvolvido pela instituição.
Para a presidente voluntária da Escola de Música Santa Cecília, Janine Meireles, o evento tem um significado especial. “É uma alegria imensa para a Escola de Música Santa Cecília promover este concerto e compartilhar com a comunidade a força transformadora da música. Nossa missão é educar, mas também emocionar e inspirar por meio da arte, e o Coro Santa Cecília representa esse propósito em sua essência”, destacou.
A entrada é gratuita, mas os ingressos deverão ser retirados diretamente na bilheteria do Teatro Imperial no dia do evento. As portas serão abertas 30 minutos antes da apresentação, e o acesso ao público se dará por ordem de chegada, até a lotação máxima do espaço.
Com esse formato, a Escola de Música Santa Cecília reforça seu compromisso de aproximar a comunidade da cultura, oferecendo à cidade um espetáculo de qualidade e inteiramente acessível.
Mais informações podem ser obtidas de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, na Escola de Música Santa Cecília (Rua General Osório, 192 Centro), pelo telefone e WhatsApp (24) 2242-2191, no Instagram @emusicasantacecilia ou no Facebook @santaceciliapetropolis.
SERVIÇO
Escola de Música Santa Cecília
Rua General Osório, 192
(25620-160) Centro, Petrópolis RJ
Google Maps: https://goo.gl/maps/y3euNmLBzsfcwtXv8
Telefone/ Whatsapp: (24) 2242-2191
Instagram: @emusicasantacecilia ( https://www.instagram.com/emusicasantacecilia/ )
Facebook: @santaceciliapetropolis ( https://www.facebook.com/santaceciliapetropolis )
SOBRE A ESCOLA DE MÚSICA SANTA CECÍLIA
A Escola de Música Santa Cecília, foi fundada em 16 de fevereiro de 1893, pelo professor de música João Paulo Carneiro Pinto, pernambucano talentoso e músico conhecido por sua excelência, atestada por uma das suas premiações, a “Medalha de Ouro” do Conservatório de Música do Rio de Janeiro. O professor, trazido para Petrópolis pela Família do Barão Araujo, que venerava Petrópolis, assim como outras tantas famílias que tinham a cidade como refúgio do calor e dos problemas de saúde que enfrentavam na então capital do Brasil, Rio de Janeiro.
Além disso, com a industrialização, na última década do século XIX, Petrópolis atraiu trabalhadores do exterior, como também de todo país, estabelecendo uma união estreita da cidade com os mineiros imigrantes, através do trem de ferro. A República, recém instaurada, sofria pressões políticas, e a Revolta da Armada contra o governo de Floriano Peixoto feria a paz, estando decidida a mudança da capital do Estado do Rio de Janeiro para Petrópolis. Os verões alegres da cidade, a tranquilidade, o ambiente saudável, a garantia de emprego, tornaram-se atrativos para uma nova população que pouco a pouco integrou-se aos colonos alemães.
Por causa de toda esta ebulição, o músico João Paulo Carneiro Pinto, abandonou a vida carioca, fixou residência em Petrópolis, onde inaugurou um ensino de música para 34 crianças bem dotadas musicalmente e, principalmente, sem recursos, na escola que leva o nome da padroeira da música, Santa Cecília. Passando de um prédio a outro de doações e subvenções do poder público e do empresariado, a Escola foi inicialmente acolhida no Hotel Bragança, que nada cobrava do maestro.
A escola de Paulo Carneiro tornou-se presença obrigatória em toda a vida cultural e festiva de Petrópolis, não só pelo ensino como pela orquestra, participante efetiva de todas as festividades públicas e particulares. A extraordinária e muito respeitada figura do maestro foi presença marcante na vida petropolitana. Ao falecer, a 10 de Setembro de 1923, seu último pedido a amigos e devotados auxiliares: Não deixem morrer a minha Escola!
Na manhã de 23 de Setembro de 1923 reuniram-se esses amigos com Sanctino Carneiro, filho do maestro, que abriu mão de todos os bens do pai representados por instrumentos musicais e a própria escola iniciando a organização da sociedade civil, hoje conhecida como a Escola de Música Santa Cecília.
De prédio em prédio, a sociedade adquiriu, por fim, uma pequenina casa na rua Marechal Deodoro, número 192, esquina da Rua Marechal Deodoro com a Rua General Osorio, onde se instalou com cursos musicais, abrindo seu salão para atividades artísticas em geral, que abrigavam também um cine-teatro. Graças a uma campanha sólida de arrecadação junto à população petropolitana, em 1950 o pequeno prédio foi demolido e as obras começaram. Durante o período de construção, a escola funcionou no Palácio de Cristal. Cinco anos depois, em 1955 foram inaugurados o Edifício Paulo Carneiro e o Teatro Santa Cecília, consolidando o sonho do Maestro Paulo Caneiro.
Dentre as centenas de alunos, professores e dirigentes, que passaram por seus bancos escolares e administrativos, destacam-se três notáveis personalidades musicais, todos petropolitanos natos, representantes de três fases da Escola: da primeira (século XIX), a pianista Magdalena Tagliaferro, aluna do maestro Paulo Carneiro; da segunda (primeira metade do século XX), o maestro, pesquisador e compositor César Guerra-Peixe; e da terceira (segunda metade do século XX), o maestro, compositor e pesquisador Ernani Aguiar.
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