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Espaços culturais em Petrópolis elevam o setor com grandes nomes nacionais e internacionais

Soberano e Teatro Imperial atraem turistas para a cidade com espaços modernos e referência nacional

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Roberto Jones - especial para o Diário

Petrópolis foi berço de grandes nomes da arte e da cultura brasileira, como o maestro Guerra-Peixe e o poeta Raul de Leoni. Hoje, a cidade continua recebendo artistas reconhecidos nacionalmente e alguns até fora do país. E dois espaços que são primordiais para que isso aconteça são o Soberano, em Itaipava, e o Teatro Imperial, no centro da cidade. Ambos têm elevado o setor cultural na cidade, com uma programação super diversificada, infraestrutura de ponta e compromisso ímpar com a arte.

Logo em sua inauguração, em maio de 2022, o Soberano recebeu três shows de Adriana Calcanhoto. Por lá, também já passaram músicos como Francis Hime, Lenine, Zélia Duncan, Ivan Lins, Elba Ramalho, Alcione, entre outros. Com o Teatro Imperial não foi diferente, o espaço foi aberto em novembro de 2023 com apresentação da Orquestra Petrobrás. E nestes dois anos de existência, seu palco já recebeu grandes nomes da atuação, como Vera Holtz e Diogo Vilela; da música, como Paulinho Moska e Pedro Mariano; e da comédia, como Whindersson Nunes, Fábio Porchat, Thiago Ventura, Bruna Louise e Afonso Padilha.

O diretor do Teatro Imperial, Paulo Lopez, ressalta que o objetivo é sempre trazer os espetáculos que rodam por todo o Brasil até Petrópolis. "A ideia é que os petropolitanos não precisem sair daqui para consumir o melhor da cultura nacional, além de atrairmos visitantes de cidades próximas. Também temos como missão ficar de olho nas produções locais e trazer os artistas de Petrópolis para o nosso palco. A cultura é a base da sociedade, ela constrói a identidade de um povo, traz senso crítico e entretém. É fundamental ter espaços culturais ativos e Petrópolis é privilegiada nesse sentido", comenta.

O idealizador do Soberano Jazz Club, Sérgio Saraceni, acrescenta que Petrópolis tem uma população que ama consumir cultura, o que fortalece a existência destes espaços. "A ideia de criar o Soberano veio pela falta de uma casa de shows desse porte na cidade. E hoje vejo que foi uma iniciativa pioneira e que fez toda a diferença na Região Serrana e em todo o estado, que não tem uma casa que receba tantos astros seguidamente como recebemos nestes três anos. A arte movimenta o turismo e ter esses espaços é uma benção para Petrópolis".

Espaços modernos e com alta qualidade

O Teatro Imperial surgiu do antigo Teatro Santa Cecília mas, para que o espaço chegasse ao potencial que tem hoje, foram realizadas uma série de intervenções. "O antigo teatro tinha uma arquitetura bem definida, então isso não foi mudado. Mas recuperamos e potencializamos sua beleza. Foram colocados lustres, cortina de veludo vermelho com detalhes em dourado, painéis artísticos e outras roupagens que trouxeram um charme a mais", pontua Paulo.

A parte elétrica e de climatização foi toda refeita e o espaço recebeu mais acessibilidade, com poltronas confortáveis para pessoas com obesidade, espaços para cadeirantes, banheiro acessível, rampa de acesso e até sessões com intérprete de Libras. "Temos um teatro novo, moderno e acessível, pronto para receber qualquer espetáculo, com nossa mecânica cênica que nos permite mais velocidade, segurança e versatilidade, com diferentes apresentações em um mesmo dia. Nosso espaço pode receber 600 pessoas e está no mesmo nível dos melhores teatros deste porte no Rio de Janeiro e em São Paulo", afirma.

Assim também é o Soberano, considerado pelos próprios artistas que se apresentam no local como uma das casas de show mais elegantes e bem equipadas do Brasil. "Temos o melhor som que já se viu em casas desse gênero, além de acústica, iluminação, arquitetura e design de ponta, referência no mundo inteiro. Manter uma casa dessas de pé, sem nenhum patrocínio, é difícil, mas muito prestigioso. Para o futuro, gostaríamos de ter o apoio de alguma grande empresa para dar continuidade ao que já estamos fazendo, trazer música de qualidade em um super ambiente, com gastronomia de ponta", reforça Sérgio.

Democratização à cultura

Paulo aponta que o Teatro Imperial tem patrocínio da Enel desde a sua revitalização e apoio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, que permitem ao espaço oferecer ações gratuitas e abertas à população. "Temos iniciativas de formação de plateia, o leiturinha, que mistura literatura e teatro em apresentações para as crianças em todos os domingos, às 11h (exceto em casos previamente avisados); o Cine Teatro, com exibições de filmes em um projetor de 35mm que revitalizamos, o único do tipo na cidade; o Ler em Cena, voltado para artistas locais encenarem seus textos ou obras já existentes; e a Orquestra do Teatro Imperial, com 23 músicos profissionais e amadores, além do maestro, que faz ensaios abertos todos os meses".

Para ele, leis como a Rouanet são importantíssimas para democratizar o acesso à cultura e desenvolver a cultura no Brasil. "O fato de todas essas atrações serem gratuitas abre espaço para que o público geral tenha acesso ao cinema, música, literatura e artes cênicas, além de promover uma relação entre o teatro e a comunidade petropolitana. É importantíssimo que Petrópolis tenha uma Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Porque isso vai promover e potencializar toda a produção artística de Petrópolis", finaliza.

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