Edição anterior (3796):
quinta-feira, 13 de março de 2025


Capa 3796

Espetáculo infantojuvenil mineiro chega a Petrópolis no fim de semana

Foto: Vinicius Cruz
Foto: Vinicius Cruz

Ao sentir a proximidade da morte da avó, uma menina afro-descendente mergulha em uma viagem em busca da origem, dos costumes e da cultura de seus ancestrais africanos. Esse é o fio condutor do espetáculo infanto-juvenil kàn que, de 15 a 30 de março, circula por seis municípios do Rio de Janeiro. Serão seis apresentações pelo projeto SESC Pulsar em Valença, Barra Mansa, Petrópolis, Niterói, Duque de Caxias e Rio de Janeiro (Ramos). No Centro Cultural Sesc Quitandinha a apresentação ocorre no dia 16/ 03, às 16h e os ingressos custam entre R$ 5 e R$ 15.

kàn parte de um ambiente comum à cultura mineira: a estação de trem. Ali, vive a família que configura o núcleo principal da história: a avó, o pai e a neta. Uma família humilde que retrata bem a realidade afro-brasileira: a tradição da cultura oral, a sabedoria no manejo das ervas, o afeto no trançar dos cabelos, a religiosidade sincrética. Criada, encenada e produzida pelo grupo mineiro Teatro da Pedra, a peça surpreende ao tratar temas como ancestralidade, pertencimento e cultura afro-diaspórica com delicadeza. Nela, o elenco elabora jogos corporais que constroem imagens pelo espaço do palco e da memória dos espectadores.

O cenário, composto por blocos de madeira que se transformam ao longo do espetáculo, remete às tradicionais estações de trem do interior de Minas Gerais, que serviram de inspiração para a ambientação da história. O figurino opta pelos tons terrosos, em alusão à terra e às raízes das quais os personagens são compostos.

Um elemento central em kàn é a musicalidade. As paisagens sonoras e as partituras musicais executadas ao vivo criam a atmosfera das cenas e trazem ritmos e instrumentações da cultura africana, deixando a obra viva e colaborando para o resgate da memória sensorial e afetiva dos espectadores. O resultado é pura poesia: um encontro emocionante com uma cultura ancestral que, mesmo dilacerada pela violência da colonização, ainda pulsa no coração do país. Empatia e pertencimento Desde sua estreia, em setembro de 2023, kàn já percorreu 24 cidades de Minas Gerais, além de ter sido apresentado em festivais internacionais de São Paulo e Havana (Cuba).
“É comovente ver como crianças de diferentes realidades se emocionam ao final do espetáculo, por se identificarem com as vestimentas das personagens, a religiosidade, a ligação entre avós e netas”, afirma a atriz Elis Ferreira, que interpreta a menina afro-descendente.


Sinopse
Quem é a sua mãe? E o seu pai? E a sua avó? E a avó da sua avó? De onde ela veio?
Que país? Que continente? Você já parou para pensar nisso?
kàn conta a história de uma família negra vivendo no interior de Minas Gerais: avó, pai e filha. A menina, ao sentir a proximidade da partida de sua avó, mergulha em uma viagem em busca da origem, dos costumes e da cultura de seus ancestrais africanos.

Ficha Técnica
Direção e dramaturgia: Juliano Pereira
Elenco: Elis Ferreira, Fernanda Nascimento, Gustavo Rosário, Priscila Mathilde, Soraia
Santos e Héricles Gomes
Músicos: Guilherme Teixeira e Tales Barbosa
Figurino: Ateliê Pano de Roda com Olívia Lima
Cenário: Teatro da Pedra
Iluminação: Teatro da Pedra

Edição anterior (3796):
quinta-feira, 13 de março de 2025


Capa 3796

Veja também:




• Home
• Expediente
• Contato
 (24) 99993-1390
redacao@diariodepetropolis.com.br
Rua Joaquim Moreira, 106
Centro - Petrópolis
Cep: 25600-000

 Telefones:
(24) 98864-0574 - Administração
(24) 98865-1296 - Comercial
(24) 98864-0573 - Financeiro
(24) 99993-1390 - Redação
(24) 2235-7165 - Geral