Gatos são vítimas da doença e não os transmissores
Larissa Martins especial para o Diário
Desde 2023 mais de mil animais com suspeita de esporotricose foram atendidos pelo Serviço de Monitoramento do Município, realizado por meio da Secretaria de Saúde. A iniciativa visa diagnosticar e tratar os pets acometidos com a doença fúngica, que geralmente surge como uma infecção na pele. A disseminação para ossos e órgãos internos é rara, mas possível. Essa zoonose adquiriu importância epidemiológica, no Estado do Rio de Janeiro, se tornando uma doença animal de notificação compulsória com base na resolução SES n° 1864 de 25/07/2019.
Gatos são maiores vítimas
Muitas pessoas pensam que o gato tem culpa no cartório, transmitindo a doença para outros animais e também humanos. Então, é fundamental esclarecer que os gatos não são os propagadores da doença, mas, as maiores vítimas. A principal disseminação ocorre através de solo contaminado ou plantas infectadas com o fungo do gênero Sporothrix. Quando o animal entra em contato com a terra, o contrai tendo a saúde afetada.
A veterinária Luciana Grossi, da Clínica Veterinária Pet Lu, esclarece que por meio de cuidados e prevenção é possível evitar a enfermidade.
Os gatos por têm o hábito de arranhar troncos de árvore e terra, assim o fungo pode ficar nas unhas. Por isso, o melhor jeito de prevenir é evitando que o bichinho de estimação saia de casa. Assim, diminuímos muito a incidência de brigas e a chance da doença passar de um animal para outro, afirma.
Tem cura
Ela tem tratamento e cura. Se diagnosticada cedo, o animal consegue se recuperar bem. A confirmação é feita de forma rápida e indolor, onde vamos fazer uma análise através do microscópio da presença, ou não, do fungo. É encostada uma lamina do microscópio na lesão e feita a sua visualização para procurar a presença do patógeno. O tratamento é feito com o uso de antifúngico oral, diz a veterinária.
Atendimentos
De responsabilidade da Coordenadoria de Vigilância Ambiental, os atendimentos são realizados mediante agendamento prévio. Duas médicas veterinárias realizam a primeira avaliação, incluindo exame clínico e coleta de material para exame. Em caso de confirmação do diagnóstico de esporotricose, o animal é atendido mensalmente até a cura, recebendo o medicamento necessário para o tratamento.
O Serviço de Monitoramento funciona na Rua Dr. Sá Earp, 433, no Centro. Para agendar consultas, os interessados podem entrar em contato pelo telefone: (24) 2231-0841.
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