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Estelionatos sobem mais de 30% no primeiro trimestre

São mais de 600 casos em três meses, recorde para o período na cidade, de acordo com o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ)

Foto: Alexander Fox / Pixabay
Foto: Alexander Fox / Pixabay

Rômulo Barroso - especial para o Diário

Petrópolis registrou 635 casos de estelionato entre janeiro e março deste ano, de acordo com o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ). Esse número é o mais alto para o primeiro trimestre em toda a série histórica do órgão e representa uma alta de 31,4% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Estelionato é a obtenção de vantagem ilícita, provocando prejuízo para a vítima, levando-a a cometer algum tipo de erro, por meio de artimanha. São os famosos golpes. Esse é o crime mais cometido na cidade e Petrópolis é o 10º município com mais registros no estado do Rio de Janeiro.

A quantidade de casos desse crime começou a crescer de forma mais intensa na cidade a partir do segundo semestre de 2021. No ano seguinte, o município teve 561 registros nos três primeiros meses; e em 2023, foram 483. Já em 2024, o resultado é reflexo do recorde registrado em cada um dos meses do primeiro trimestre: 227 em janeiro, 211 em fevereiro e 197 em março.

Essa situação vem se agravando em todo país e levou o Senado a analisar um projeto de lei que pode elevar a pena para quem comete esse crime. Hoje, o Código Penal prevê prisão de um a cinco anos, mais multa. Uma iniciativa do senador Carlos Viana (Podemos-MG) pretende aumentar o tempo mínimo de reclusão para dois anos e proibir a possibilidade de suspensão do processo judicial e da pena neste tipo de crime.

"Líderes em segurança contra fraudes lamentam todo o esforço para combater esse tipo de crime enquanto a legislação considera essa prática como um crime menor, cujas penas são muitas vezes substituídas por penas 'alternativas'", argumenta o senador. A proposta será analisada na Comissão de Segurança Pública (CSP) e, depois, seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Outros crimes tiveram crescimento de casos menor

Considerando os três primeiros meses, a cidade também teve crescimento de casos (na comparação com o mesmo período de 2023) de outros crimes frequentes no município, mas em ritmo menor. Petrópolis teve aumento de registros de ameaças (4,3%) e de lesão corporal (3,8%). Por outro lado, caiu o total de apreensão de drogas (5,2%) e de lesão corporal culposa de trânsito.

No total, a cidade teve 3.177 registros de ocorrência entre janeiro e março, um aumento de 10,5% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Houve 261 prisões em flagrante e 72 em cumprimento de mandado judicial.

Os números do ISP-RJ também mostram que foram apreendidas 19 armas de fogo em três meses, cinco a mais do que no ano passado.

Indicadores estratégicos

Em relação aos indicadores considerados estratégicos pelo ISP-RJ para formulação de políticas públicas para área da segurança, os casos de letalidade violenta se mantiveram estáveis nos três meses, aumentaram os de roubo de rua (passou de 10 para 18) e roubo de veículos (de um para quatro) e não houve roubo de carga.

No estado todo, houve redução de 25% na letalidade violenta e de 47% nos roubos de carga, números que são comemorados pelo Instituto de Segurança Pública.

"A cultura de uso dos dados desempenha um papel fundamental no planejamento, avaliação e monitoramento de cada região do estado, e, sem dúvidas, vem contribuindo para essas reduções históricas nos roubos de cargas e na letalidade violenta", destaca a diretora-presidente do órgão, Marcela Ortiz.

Tabela 1 Tabela 2

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