Lucas Klin especial para o Diário
A estiagem e as queimadas são um problema bem preocupante em Petrópolis. A falta de chuvas e a baixa umidade do ar criam condições ideais para o início e a propagação de incêndios florestais, que podem causar danos devastadores ao meio ambiente e à população.
As queimadas podem ter causas naturais, como descargas elétricas atmosféricas, mas a maioria é provocada por ações humanas, como a queima de lixo, a soltura de balões e fogos de artifício, e a falta de fiscalização ambiental. Essas práticas, associadas à estiagem, facilitam o início e a propagação dos incêndios.
O Corpo de Bombeiros Militar deixou claro que o balão é uma das causas mais comuns de queimadas, associado à baixa umidade do ar e à falta de regime de chuvas, que facilmente podem destruir os ecossistemas.
Além de tudo, o Corpo de Bombeiros inteirou que outras causas comuns são as guimbas de cigarro descartadas em locais inapropriados, a queima de lixo indiscriminada e a soltura de fogos de artifício, por exemplo.
Quando um incêndio se aproxima de residências, a orientação é sair da residência o mais rápido possível e acionar o 193 para que os bombeiros militares possam, o quanto antes, atender a ocorrência. Os incêndios florestais causam sérios problemas também para o meio ambiente. O solo fica mais pobre, perde a cobertura vegetal e fica mais vulnerável para futuros problemas com chuvas e deslizamentos de terra, disse em nota a corporação.
Incêndio em Corrêas
Na manhã da última quinta-feira (20/06), por volta das 9h35, um incêndio iniciou-se em um terreno baldio entre duas casas na Rua Renato Mussel, próximo ao número 100, no alto da Rua Carvalho Junior, em Corrêas. Rapidamente, os bombeiros foram acionados e chegaram ao local, acompanhados pela equipe do ICMBio.
O fogo se alastrou perigosamente, ameaçando residências próximas. Por sorte, um morador agiu com rapidez, utilizando um balde para impedir que as chamas alcançassem uma das casas. Às 10h05, os bombeiros chegaram e conseguiram conter o incêndio que descia a encosta. No entanto, o fogo se propagou montanha acima, tornando o combate ainda mais desafiador.
Às 11h30, os bombeiros alcançaram a parte alta do morro, evitando que o fogo atingisse outras três casas. Infelizmente, o incêndio já estava fora de controle e continuou queimando até a madrugada. Os moradores destacaram a atuação do ICMBio e da Brigada de Incêndio, que desempenharam um papel crucial no enfrentamento dessa emergência.
Números de incêndios florestais e denúncias em Petrópolis
Segundo o Corpo de Bombeiros, no primeiro semestre de 2023, Petrópolis teve 21 casos de incêndio, enquanto neste mesmo período do ano em 2024, os casos quadruplicaram chegando a 89.
De acordo com o Linha Verde, Petrópolis, até o mês de junho deste ano, teve um total de sete denúncias sobre queimadas feitas, número parecido com o ano do passado que chegou a oito. A região que foi mais afetada e registrou mais denúncias foi Itaipava, registrando quatro ocorrências, praticamente a metade dos casos esse ano. Samambaia é a região onde menos foi afetada, com uma denúncia apenas.
Plano de Contingência
A Defesa Civil de Petrópolis desenvolveu um Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil para incêndios florestais e eventos relacionados à estiagem, como a escassez hídrica em 2023. O plano estabelecia os procedimentos a serem adotados pelos órgãos envolvidos na prevenção, preparação e resposta a essas emergências. No entanto, a reportagem entrou em contato, mas não conseguiu obter informações sobre a posição da Defesa Civil em relação ao plano de contingência para 2024 até o momento da publicação da matéria.
Denúncias
Lembrando que a população pode denunciar crimes ambientais, como queimadas, ao Linha Verde, ligando 24 horas por dia, sete dias por semana, para os telefones (21) 2253-1177 e 0300 253 1177, ambos com WhatsApp anonimizado. Também é possível denunciar pelo site do Disque Denúncia ( www.disquedenuncia.org.br ) ou pela FanPage do Linha Verde no Facebook ( www.facebook.com/linhaverdedd ).
Veja também: