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Estudo da Fiocruz testa estratégia para promover vacinação contra HPV em pessoas vivendo com HIV/Aids

Foto: Pixabay
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Fiocruz Bahia

Um estudo desenvolveu e testou uma intervenção inovadora baseada na web e direcionada a pessoas vivendo com HIV/AIids (PVHA), o e-HPV. A estratégia tem como objetivo promover a vacinação contra HPV em PVHA. A pesquisa foi publicada no periódico Plos One .

O papilomavírus humano (HPV) é um vírus que causa uma infecção sexualmente transmissível associada a praticamente todos os casos de verrugas anogenitais e de câncer de colo do útero. Além disso, o HPV é a causa de mais de 90% dos casos de câncer de ânus, e metade dos casos de câncer de vulva, vagina e orofaringe. O HPV afeta desproporcionalmente PVHA, aumentando a suscetibilidade à infecção bem como diminuindo o tempo de progressão dos cânceres a ele associados. Apesar de segura, eficaz e recomendada para esse grupo, a cobertura da vacina contra o HPV é baixa nessa população. Há uma escassez de estudos sobre intervenções para promover o uso da vacina contra o HPV nesse grupo.

Participaram do estudo mais de 650 pessoas com HIV, entre 18 e 45 anos, que nunca tinham tomado a vacina. Elas foram divididas em dois grupos: um grupo acessou a página e-HPV; e outro que acessou um site tradicional com informações do Ministério da Saúde. Depois de navegar pelos sites, os participantes responderam perguntas sobre sua vontade de se vacinar e, dois meses depois, informaram se haviam tomado a vacina. O estudo é parte da tese de doutoramento de Kaliane Brito, orientada pelo pesquisador da Fiocruz Bahia Edson Duarte Moreira Jr.

Os resultados do ensaio randomizado e controlado indicam que o e-HPV é uma estratégia eficaz para promover a disposição de se vacinar contra o HPV e aumentar a adesão à vacinação contra o HPV. A intenção de se vacinar foi aproximadamente duas vezes maior entre os participantes que utilizam e-HPV. Além disso, o início da vacinação contra o HPV também foi significativamente mais comum entre os participantes do grupo e-HPV: o dobro em relação aos participantes do grupo controle, que não utilizaram o e-HPV. O estudo também capturou que a percepção de risco (vulnerabilidade percebida) é um importante preditor na intenção de se vacinar.

Os pesquisadores destacam a inovação trazida pelo e-HPV em dois pontos: o conteúdo e a forma de apresentação. A mensagem foi direcionada a uma população específica, com informações relevantes para esse grupo. Além disso, o layout foi adaptado para dispositivos móveis, com apresentação gráfica e texto sucinto, tornando a mensagem mais atrativa e interessante para a população em geral. A estratégia de divulgação utilizando massivamente mídias sociais também foi um diferencial da pesquisa, que contou com alta taxa de participação. O e-HPV mostrou-se uma ferramenta promissora, com baixo custo e alto poder de disseminação, podendo ser utilizada como uma alternativa na estratégia de promover informações sobre a vacinação.

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