Estoques de doses baby e infantil seriam reabastecidos na última quarta-feira (24), segundo a Secretaria Municipal de Saúde
Larissa Martins - especial para o Diário
Recentemente, quem procurou algum posto de saúde em busca da vacina bivalente contra a covid-19, em Petrópolis, precisou retornar para casa sem ser imunizado. Desde a última semana, os estoques acabaram e não há previsão de chegada de novas doses para o público adulto. Anteriormente, a Secretaria Municipal de Saúde já havia alertado para a escassez da vacina.
Segundo a resposta da Secretaria de Estado de Saúde ao e-mail enviado pela Divisão de Imunização da Secretaria Municipal, o laboratório Pfizer, responsável pela produção das vacinas bivalentes para adultos, enfrenta dificuldades no abastecimento. Essa situação tem impactado diretamente a distribuição para os municípios, dizia a nota enviada à imprensa pela prefeitura.
Questionada pelo Diário, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) afirmou que a situação foi desencadeada pela irregularidade no abastecimento do imunizante por parte do Ministério da Saúde, e que ainda espera novas remessas.
Vacina infantil
A situação na cidade havia se agravado ainda mais com a irregularidade no fornecimento da vacina Pfizer pediátrica para crianças de 5 a 11 anos, que também enfrentava dificuldades de abastecimento, embora continuasse sendo entregue em volumes reduzidos. Porém, o município informou que seria abastecido com doses baby e infantil, na última quarta-feira (24).
Dados da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, retirados do sistema esus-VE e SIVEP-Gripe, apontam que Petrópolis registrou 847 notificações da doença desde janeiro. Destas, seis óbitos foram confirmados.
Contrato para compra
O Ministério da Saúde divulgou que, na última sexta-feira (19), foi assinado o contrato para a compra de 12,5 milhões de doses da mais recente vacina contra a Covid-19. Os imunizantes devem chegar à população nos próximos dias. O contrato foi fechado após processo de licitação emergencial que resultou na seleção da empresa vencedora. Desde a aprovação da nova vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2023, a pasta iniciou o processo de aquisição emergencial, de modo a garantir o abastecimento de toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa é a primeira vez que empresas concorrentes disputam o fornecimento de vacinas contra a Covid-19 no Brasil. Todas as aquisições anteriores foram feitas em um ambiente sem concorrência. A medida possibilitou uma economia de R$ 100 milhões, dada a diferença de preço entre as duas propostas apresentadas. Todo o processo de compra ocorreu de forma transparente e foi publicado por meio do sistema Comprasnet.
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