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Fraudes online e segurança Digital: O que você precisa saber

Foto: Divulgação
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Por Larissa Martins

O avanço da tecnologia tem facilitado a vida de muitas pessoas, permitindo, em segundos, a realização de transferências bancárias ou a comunicação com parentes do outro lado do mundo. Independentemente da localização, a população tem acesso rápido à troca de informações. No entanto, essa dependência crescente do meio digital também abriu espaço para o aumento dos crimes cibernéticos.

Diversos golpes surgem diariamente, incluindo aqueles que utilizam perfis falsos de influenciadores e celebridades nas redes sociais. Com o avanço de tecnologias como a Inteligência Artificial (IA), muitas campanhas fraudulentas são divulgadas para enganar pessoas e extorquir dinheiro, seja por meio de promessas de brindes, pesquisas ou rifas falsas. Além do prejuízo financeiro, as vítimas correm o risco de ter seus dados pessoais roubados.

Investigação policial

O Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP-RJ) revelou que, no ano passado, foram registrados 2.551 golpes em Petrópolis, um aumento de 15% em relação ao ano anterior, que contabilizou 2.225 ocorrências. Em 2025, já foram confirmados 198 casos no município.

Segundo a Polícia Civil, golpes, sejam em ambiente virtual ou não, são crimes de estelionato e são apurados pelas delegacias distritais.

“A Polícia Civil solicita que todas as vítimas registrem ocorrências, permitindo assim que os delitos sejam investigados e seus autores identificados e responsabilizados criminalmente”, afirmou a corporação ao Diário.

Golpe da conta de luz

A estudante Emanuelle Menegussi foi vítima de um golpe desse tipo. Há alguns anos, ela realizou o pagamento digital de uma conta de energia sem imaginar o transtorno que enfrentaria posteriormente.

“Pesquisei o nome da concessionária na internet e cliquei no primeiro link que apareceu, inserindo meus dados e efetuando o pagamento. Três meses depois, cortaram a luz da minha casa. Ao procurar a empresa presencialmente, fui informada de que caí no golpe chamado 'phishing', que visa roubar informações pessoais ou acesso a contas online. Perdi R$ 300 e ainda precisei pagar novamente a conta correta”, relatou.

Na época, a Enel Distribuição Rio alertou os clientes sobre a existência de sites e perfis falsos que coletam dados pessoais e emitem boletos fraudulentos. Golpistas conseguem fazer com que essas páginas apareçam no topo dos buscadores, induzindo os clientes a acessarem sites falsos que parecem confiáveis.

A Enel reforça que boletos autênticos devem estar identificados como Enel, Banco do Brasil, Itaú ou Bradesco. As opções de pagamento disponíveis incluem débito automático, internet banking, caixas eletrônicos ou postos de pagamento. O nome do titular da conta e seus dados pessoais devem constar no documento. No site oficial da concessionária ( https://www.enel.com.br/pt/boleto.html ), é possível verificar a autenticidade das contas e boletos emitidos.

Caso receba uma conta suspeita, a Enel orienta que o cliente entre em contato pelos canais oficiais antes de efetuar o pagamento.

Links falsos

Se o cliente receber um e-mail solicitando que clique em um link, é essencial ter cautela. Se o endereço da página contiver um "@" no meio ou o nome da Enel estiver escrito incorretamente, há grande chance de ser um golpe. Não clique!

Modus operandi

O advogado especialista em direito do consumidor e digital, Daniel Blanck, explica que os criminosos conseguem invadir dispositivos sem que a vítima perceba.

“Diversas invasões cibernéticas ocorrem de forma furtiva. Usando softwares maliciosos, como spywares e malwares, os criminosos acessam remotamente dados pessoais, mensagens, fotografias e senhas sem deixar rastros. Muitas vezes, esses programas são instalados por meio de links fraudulentos ou exploração de vulnerabilidades em aplicativos desatualizados”, alerta Blanck.

Medidas de cibersegurança

A autenticação em dois fatores (2FA) é uma ferramenta essencial de proteção digital. No entanto, golpistas utilizam técnicas sofisticadas, como engenharia social, para enganar as vítimas e obter códigos de segurança. Outro golpe comum é o SIM Swap, em que criminosos transferem o número de celular da vítima para outro aparelho, sob seu controle.

Para proteger suas contas, Blanck recomenda:

  • Utilizar senhas robustas e únicas para cada serviço;
  • Manter aplicativos e dispositivos atualizados;
  • Evitar clicar em links suspeitos recebidos por mensagens ou e-mails;
  • Instalar softwares antivírus e firewalls;
  • Nunca compartilhar códigos de segurança recebidos via SMS ou aplicativos.
  • De olhos abertos

Para identificar possíveis golpes, fique atento a:

  • E-mails de remetentes desconhecidos ou domínios suspeitos;
  • Erros ortográficos e gramaticais nas mensagens;
  • Mensagens que criam um senso de urgência excessiva;
  • Links duvidosos (passe o cursor sobre eles antes de clicar);
  • Sites não seguros (ausência de cadeado de segurança ou "HTTPS").
  • Se desconfiar de um contato, verifique diretamente com a empresa pelos canais oficiais.

Caso já tenha sido vítima de um golpe:

  • Altere imediatamente as senhas das contas comprometidas;
  • Notifique o banco para bloqueios preventivos;
  • Registre um boletim de ocorrência;
  • Informe amigos e familiares para evitar novas vítimas;
  • Denuncie perfis ou sites fraudulentos.

“A rapidez na tomada de ações pode minimizar prejuízos financeiros e evitar que outras pessoas caiam no mesmo golpe”, conclui Blanck.

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