Paisagista da UCP explica como o clima serrano afeta o desenvolvimento das espécies e orienta sobre os cuidados ideais com o jardim durante o inverno
Emanuelle Loli - estagiária
Mesmo sem registrar temperaturas extremas com frequência, o frio de Petrópolis pode afetar algumas plantas, especialmente nas regiões mais altas e expostas. A paisagista e professora de Arquitetura e Urbanismo da UCP, Danielle Inocencio, explica como o clima da cidade interfere no desenvolvimento das espécies e dá dicas para cuidar melhor do jardim durante o inverno.
A professora começa explicando que Petrópolis tem muitos microclimas por causa da altitude, relevo e vegetação, o que faz com que algumas regiões como Corrêas, Itaipava, Nogueira, Pedro do Rio e Posse sejam mais frias que outras, especialmente durante a madrugada.
Segundo ela, sim, o frio pode danificar plantas, mas isso geralmente só ocorre em temperaturas próximas de 0°C ou em casos de geada, mais comuns em áreas altas e abertas.
“O principal dano que costuma ser observado é a queimadura das folhas, as pontas ou bordas começam a apresentar manchas amareladas ou marrons, indicando que houve lesão por frio. Então, sim: o frio pode afetar as plantas em Petrópolis, principalmente nas áreas mais expostas e com clima mais rigoroso. Mas é importante lembrar que não é todo frio que causa danos, e que muitas espécies conseguem atravessar essa estação sem grandes problemas”, explicou.
Dicas de cuidados para as plantas no inverno
Danielle explica que, durante o inverno, as plantas entram em um ritmo mais lento de desenvolvimento, especialmente em regiões de clima serrano, como Petrópolis. Por isso, é essencial ajustar os cuidados à nova estação:
É recomendável trocar as plantas de lugar?
Muitas pessoas podem ter o hábito de trocar as plantas de lugar, sendo em períodos de tempo quente, chuvoso ou mais frio. Porém, essa não é uma prática recomendada.
“O inverno não é a melhor época para movimentar ou replantar plantas, especialmente se estivermos falando de mudanças drásticas, como transferências para outro canteiro, replantio em vasos maiores ou até mudanças de ambientes internos para externos (e vice-versa)”, concluiu Danielle.
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