Representantes da Novamosanta explicaram que três locais devem passar por intervenções com objetivo de desafogar trânsito na União e Indústria
Rômulo Barroso - especial para o Diário
A Novamosanta, entidade que atua por melhorias para o distrito de Itaipava, articula com o Governo do Estado obras para desafogar o trânsito na Estrada União e Indústria. Em entrevista ao Diário, três representantes da instituição explicaram que o Estado pode promover obras para criar ou duplicar pontes em três pontos diferentes. Em janeiro, o próprio governador Cláudio Castro já havia afirmado, durante visita em Petrópolis, que planeja realizar esse tipo de intervenção.
O Diário conversou com o presidente da Novamosanta, Carlos Eduardo Pereira, e os dois vice-presidentes da entidade, Jorge de Botton e Roberto Penna Chaves. Eles lembraram que a busca por soluções para o trânsito de Itaipava é antiga. A entidade já havia elaborado um estudo em 2014 apontando alternativas em cinco regiões diferentes. Parte das ideias também constava no relatório produzido pela Coppe, apresentado no início do ano passado. A intenção é pelo três delas sejam feitas pelo Governo do Estado.
No mês passado, quando veio inaugurar o Café do Trabalhador, em Corrêas, o governador Cláudio Castro confirmou que tem intenção de promover obras em pontes no terceiro distrito, sem especificar os serviços ou estabelecer prazos. "A questão das pontes que engarrafam e a população perde grande parte do seu dia em ponte que é só a gente duplicar elas. E eu queria anunciar: o projeto está pronto, já vai para licitação, e a gente pode diminuir sensivelmente", disse ele, na época.
Trânsito
Itaipava apresenta retenções no trânsito da União e Indústria normalmente pela manhã, por volta de 08h, com fluxo de saída de trabalhadores e estudantes, e às 17h, com a volta para casa; e aos sábado, próximo das 11h, quando há maior movimento de visitantes. O estudo produzido pela Coppe e finalizado no ano passado contabilizou os pontos mais críticos: Ponte de Bonsucesso, no Hortomercado, na Rotatória entre o Bramil e o Terminal Itaipava, na saída para BR-040 e na Ponte do Arranha-Céu.
Por isso, a Novamosanta entende que um dos caminhos para diminuir as retenções é abrir mais rotas alternativas.
"Nós precisamos desconcentrar o fluxo de veículos na União e Indústria, que não comporta tantos carros. Temos que criar alternativas e as pontes são fundamentais, como o relatório da Coppe apontou. Na verdade, a Coppe só ratificou o que nós já vínhamos falando. Temos que investir nessa solução, há o entendimento claro dessa recomendação e temos que esse momento em que existe vontade política de tirar esses projetos do papel", afirmou Jorge de Botton.
Os locais que podem receber obras
A primeira ideia apresentada pela Novamosanta é a criação de uma ponte que vai ligar a região do Hortomercado à Rua Agante Moço, o que poderia abrir um anel viário com uma via paralela com duas faixas. Aliado a melhorias na infraestrutura da Agante Moço, essa ponte permitiria, por exemplo, uma conexão alternativa entre Itaipava e Nogueira.
Outra é a duplicação da ponte em Bonsucesso. Hoje, ela tem apenas uma faixa, o que obriga o motorista a aguardar outro veículo passar, gerando retenção na União e Indústria enquanto não consegue fazer a travessia. A duplicação possibilitaria evitar retenções no trecho.
A terceira proposta é também duplicar a ponte próxima ao Castelo de Itaipava, que faz a interligação entre BR-040 e União e Indústria. Nesse local, além de melhorias para o trânsito, a Novamosanta também crê que a implantação de calçada em ambos os lados dará maior segurança também ao pedestre que usa a ponte.
"Problemas de mobilidade afetam todos em geral: afeta o dono de BMW e quem está nos ônibus, todos ficam retidos e todos perdem. Esse é um drama urbano para o qual a gente está sensível e em busca de soluções.
"É preciso enfatizar a importância dessa solução para o turismo e o comércio. Os problemas de mobilidade afetam diretamente esses dois pontos principais. A gente vai fracassar se perdermos turismo e comércio, isso tem impacto na geração e manutenção de empregos. É algo sério. As pessoas pensam no desconforto do trânsito, e têm razão, mas é muito amplo", disse Roberto Penna Chaves.
Veja também: