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Herpes Zóster: a importância da vacinação em idosos

Entenda os sintomas, medidas de prevenção, ricos e tratamento

Foto: Freepik
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Bruna Nazareth - especial para o Diário

À medida que envelhecemos, especialmente após os 50 anos, torna-se crucial intensificar os cuidados com a saúde física. Isso inclui a realização regular de exames, a adoção de medicamentos e suplementos vitamínicos adequados, além da vacinação para prevenir complicações futuras. Nesse cenário, surge o herpes-zóster, uma doença infecciosa causada pelo Vírus Varicela-Zoster (VVZ), o mesmo responsável pela catapora. É uma doença que se manifesta na pele, gerando erupções cutâneas e com maior incidência em idosos, pois estes mostram uma diminuição da imunidade ao vírus.

O infectologista e coordenador do curso de medicina do IDOMED Alagoinhas-BA, Maurício Campos, explica como se contrai esse vírus e como ele se manifesta no corpo.

O varicela Zóster é um vírus altamente contagioso que afeta principalmente crianças, causando varicela ou catapora. Após a primeira manifestação e desaparecimento dos sintomas, o vírus permanece em estado de latência dentro de gânglios nervosos para o resto da vida. Eventualmente, quando a defesa do nosso corpo é diminuída, o vírus volta a se replicar causando Herpes Zóster. Várias situações podem comprometer nosso sistema imunológico: infecções, neoplasias e avanço de idade, por isso que os idosos são mais susceptíveis a manifestação do herpes zóster

Quais são os sintomas?

A dor é um dos principais sintomas, muitas vezes precedendo o surgimento das lesões e podendo persistir por várias semanas ou até meses após a resolução das mesmas.

O Herpes Zóster costuma se manifestar primeiramente com dor, ardência e coceira em determinada região do corpo, após alguns dias, aparecem vesículas e essas evoluem para feridas e posteriormente para lesões crostosas. Assim como na primoinfecção (catapora), o herpes zoster é contagioso, sendo a via respiratória e o contato com as lesões, as principais formas de contágio, ressalta.

Portanto, para prevenir a transmissão a outras pessoas, algumas medidas são essenciais, como evitar tocar nas feridas. O paciente deve lavar as mãos com água e sabão antes e depois de lidar com as lesões. Se perceber que as bolhas estão se rompendo, é importante cobrir a região para evitar a exposição ao líquido que contém o vírus. Além disso, separar toalhas e objetos pessoais que possam entrar em contato com as lesões é fundamental.

Quem não teve catapora têm menos chances de desenvolver herpes zóster?

De acordo com o Dr. Campos, pessoas que não tiveram catapora não tem o vírus presente no organismo, contudo, podem ser contaminadas ao longo da vida.

Dessa forma, não podemos afirmar que quem não teve catapora na infância não pode apresentar Herpes Zóster. A proteção vem com a vacinação contra catapora (no calendário vacinal infantil) e posteriormente, com a vacinação contra herpes zóster, esclarece.

Prevenção

O atual meio de prevenção contra a doença é a vacinação. E atualmente existem duas vacinas disponíveis para prevenção da herpes zóster: Zostavax e Shingrix.

A vacina Zostavax é uma vacina de dose única recomendada para adultos acima de 50 anos A vacina Shingrix é uma vacina recombinante e administrada em duas doses, com um intervalo de 2 a 6 meses entre as doses. A vacina é recomendada para adultos saudáveis com 50 anos ou mais. Devido a maior eficácia da Shingrix, ela passou a ser a vacina preferencial e a disponível atualmente. Importante lembrar que uma pessoa que teve herpes zoster deve esperar pelo menos 06 meses para se vacinar, afirma o infectologista.

É importante ressaltar que é fundamental consultar um profissional de saúde antes de se vacinar.

Tratamentos

Além da vacinação, os principais meios de tratamento incluem reduzir a extensão, duração e gravidade da doença durante sua fase aguda, bem como aliviar a neuralgia pós-herpética. Isso é feito por meio da utilização de analgésicos e antivirais, os quais devem ser administrados precocemente.

Existem antivirais que são usados no tratamento do Herpes Zóster, porém, como toda medicação, o paciente precisa ser avaliado por um médico para que o mesmo prescreva a medicação adequada na dose correta e pelo tempo certo de tratamento

Normalmente, as regiões do corpo mais afetadas pelo herpes-zóster são o tórax, o pescoço e as costas. Contudo, quando as lesões surgem no rosto, há um risco maior de provocarem problemas nos olhos. Nesses casos, é crucial que o paciente procure imediatamente a assistência de um médico.

Fatores de risco

É importante destacar que há fatores de risco e condições que podem aumentar a probabilidade de desenvolver herpes-zóster. Entre esses fatores estão a idade avançada, doenças autoimunes, neoplasias, baixa imunidade, infecção pelo HIV, entre outros.

Quem já apresentou herpes zóster tem chances de apresentar o quadro novamente, pois como dito, o vírus permanece no organismo e toda vez que o sistema imunológico for comprometido, o zoster pode se manifestar, alerta o infectologista.

*Com informações da Biblioteca Virtual em Saúde | Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Dermatologia

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