Cerca de 97% delas estavam com carga viral suprimida até outubro
Larissa Martins
Dados do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, do Governo Federal, mostram que há 1.486 pacientes em tratamento contra o HIV em Petrópolis. Desse total, 1.296 realizaram o exame de verificação da carga viral no Sistema Único de Saúde (SUS). Cerca de 1.263 (97%) estavam com carga viral suprimida(<1.000 cópias/ml), ou seja, a quantidade de vírus no sangue estava baixa.
Prevenção
Recentemente, Petrópolis ficou em primeiro lugar no Estado do Rio de Janeiro na prevenção ao HIV. O dado foi divulgado pelo Ministério da Saúde (MS) no mês passado, mostrando que o município ficou entre as 20 melhores experiências do Brasil na Chamada Pública Nacional de Prevenção Combinada ao HIV em 2025.
Em Petrópolis, a Profilaxia Pré-Exposição está disponível em cinco unidades de saúde: no Serviço de Assistência Especializada (SAE) Dra. Susie Andries Nogueira, no Ambulatório LGBT, no Centro de Saúde Coletiva Professor Manoel José Ferreira, no Centro de Saúde Itamarati e na UBS Araras. Em 2024 foram distribuídos 357.984 preservativos externos, 6.659 internos e 29.010 unidades de gel lubrificante, além de 431 dispensas de PEP, 853 de PrEP e 591 autotestes para HIV.
O que é a PrEP?
A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é uma estratégia de prevenção ao HIV, que consiste no uso diário de medicamentos antirretrovirais antes de uma possível exposição ao vírus. A PrEP reduz o risco de infecção do HIV em mais de 99%, mas não protege contra outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Por isso, o uso do preservativo ainda é importante para garantir a segurança de outras ISTs durante a relação sexual.
No próximo mês, dezembro, será iniciada a mobilização nacional na luta contra infecções sexualmente transmissíveis, que visa chamar a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas, mais conhecido como “Dezembro Vermelho”.
Formas de contágio
Assim pega:
Sexo vaginal sem camisinha;
Sexo anal sem camisinha;
Sexo oral sem camisinha;
Uso de seringa por mais de uma pessoa;
Transfusão de sangue contaminado;
Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
Assim não pega:
Sexo desde que se use corretamente a camisinha;
Masturbação a dois;
Beijo no rosto ou na boca;
Suor e lágrima;
Picada de inseto;
Aperto de mão ou abraço;
Sabonete/toalha/lençóis;
Talheres/copos;
Assento de ônibus;
Piscina;
Banheiro;
Doação de sangue;
Pelo ar.
Diagnóstico
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue venoso ou digital (ponta do dedo), para a realização de testes rápidos ou laboratoriais que detectam os anticorpos contra o HIV.
Com os testes rápidos, é possível obter um resultado em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs). Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136).
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