Veterinários suspeitam de descarga elétrica
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) resgatou, nesta segunda-feira (5/5), um bicho-preguiça (Bradypus variegatus) ferido no Parque Estadual da Pedra Branca, Zona Oeste do Rio. O animal apresentava diversas lesões pelo corpo e, segundo suspeita dos veterinários, pode ter sido vítima de uma descarga elétrica.
O resgate aconteceu após os guarda-parques realizarem a restauração de sinalização da trilha para a Pedra do Quilombo. Ao passarem pela Trilha do Rio Grande, no bairro da Taquara, encontraram o animal machucado em uma árvore. A equipe realizou o manejo adequado e encaminhou o mamífero ao Centro de Recuperação de Animais Silvestres (CRAS), em Vargem Pequena.
No centro especializado, o bicho-preguiça foi imediatamente examinado e colocado no soro. Os veterinários constataram ferimentos na pata esquerda e necrose no nariz. O animal permanecerá sob cuidados até estar apto para ser reintroduzido na natureza.
Agradeço a todos os envolvidos pelo profissionalismo e pela dedicação. A colaboração entre equipes técnicas é fundamental em momentos como este, e torcemos para um desfecho positivo destacou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
Encontrada nas Américas Central e do Sul, a preguiça-comum é a mais difundida das preguiças-de-três-dedos. Embora possam caminhar pelo solo e até mesmo nadar, passam a maior parte de suas vidas nos galhos altos das árvores, alimentando-se principalmente de folhas e frutas, descendo apenas para defecar. Seu habitat abrange desde florestas tropicais até áreas mais secas, proporcionando uma ampla distribuição geográfica.
Sobre o parque
Com 12.491 hectares, o Parque Estadual da Pedra Branca abrange partes de 17 bairros da zona Oeste da cidade. A sede da Unidade de Conservação está localizada no Pau da Fome, em Jacarepaguá e os núcleos estão situados no Camorim, também em Jacarepaguá, em Piraquara, em Realengo, e o posto avançado Quilombola, em Vargem Grande batizado em homenagem à comunidade Quilombola Cafundá Astrogilda. O parque abriga uma fauna diversificada: já foram registradas 479 espécies, sendo 43 de peixes, 20 de anfíbios, 27 de répteis, 338 de aves e 51 de mamíferos
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