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InfoGripe aponta aumento de casos de Covid-19 na região Norte

Foto: Pixabay
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Regina Castro (Agência Fiocruz de Notícias)

A nova edição do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (6/2), destaca que o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 mantém-se em cinco estados da região Norte: Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. Por outro lado, já é possível observar sinais de desaceleração ou início de queda no número de ocorrências no Nordeste, a exemplo de Paraíba, Maranhão, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Referente à Semana Epidemiológica (SE) 5, período de 26 de janeiro a 1º de fevereiro, a análise também verificou início de crescimento de SRAG entre crianças e adolescentes no Amazonas, Pará e Goiânia. A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, informa que, no entanto, ainda não é possível verificar qual vírus tem impulsionado esse aumento.

“Não é possível averiguar ainda por conta do baixo número de resultados laboratoriais para esses casos, mas provavelmente devem ser alguns dos vírus que afetam principalmente crianças e adolescentes, como o rinovírus, o vírus sincicial respiratório ou até mesmo o metapneumovírus”, informou Portella.

O Boletim mostra ainda que os estados do Rio de Janeiro e São Paulo têm apresentado registros de SRAG por Covid-19, mas sem refletir em um aumento no número das hospitalizações. No geral, observa a pesquisadora, o nível de atividade de SRAG em ambos os estados está baixo e sem crescimento.

Em caso de aparecimento de sintomas de síndrome gripal, a especialista reforça que o ideal é ficar em casa, em isolamento e se recuperando da infecção, evitando transmitir esses vírus para outras pessoas. Se não for possível fazer esse isolamento, a orientação é sair de casa usando uma boa máscara. Em caso de piora dos sintomas, é importante buscar atendimento médico. A pesquisadora chamou ainda atenção para que todas as pessoas, principalmente as que fazem parte dos grupos de risco, estejam em dia com a vacinação contra a Covid-19.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 6% para influenza A; 2,7% para influenza B; 11,8% para vírus sincicial respiratório; 18,1% para rinovírus; e 54,1% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)

A atualização mostra que nove das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento de SRAG na tendência a longo prazo (últimas seis semanas) até a SE 5. Em Goiânia (Goiás), o aumento dos casos de SRAG ocorre principalmente na faixa etária dos 15 a 49 anos, no padrão semelhante ao observado no estado.

Na região Nordeste, Alagoas apresenta crescimento em níveis baixos, com sinal característico de oscilação. O estado do Amazonas também registra aumento de casos na faixa etária de 5 a 14 anos; o Pará em crianças de dois a quatro anos; e, em Rondônia, entre a população de 15 a 49 anos. “A causa do aumento de casos de SRAG nessas faixas etárias e estados ainda não pode ser identificada devido ao baixo número de amostras com resultados laboratoriais disponíveis”, reforça a pesquisadora.

Entre as capitais, oito das 27 capitais apresentam crescimento nos casos de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a SE 5: Campo Grande (Mato Grosso), Cuiabá (Mato Grosso do Sul), Goiânia (Goiás), João Pessoa (Paraíba), Manaus (Amazonas), Palmas (Tocantins), Porto Velho (Rondônia) e Rio de Janeiro (Rio de Janeiro).

Situação nacional

Em nível nacional, o cenário atual sugere sinal de queda nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). Referente ao ano epidemiológico 2025, já foram notificados 7.122 casos de SRAG, sendo 2.365 (33,2%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 3.016 (42,3%) negativos, e ao menos 1.186 (16,7%) aguardando resultado laboratorial.

Entre os casos positivos do ano corrente, observou-se 6,7% para influenza A; 3,3% para influenza B; 11,5% para vírus sincicial respiratório; 19,6% para rinovírus; e 51,7% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

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