O boletim Infogripe aponta que, nas quatro últimas semanas, os casos positivos de SRAG foram de 48,9% de rinovírus, 20,8% de Vírus Sincicial Respiratório e 15,5% de Covid-19 no país
Mariana Machado estagiária
As internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Petrópolis estão quase o triplo do registrado em todo o ano passado, em apenas nove meses de 2025. No país, segundo o novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nessa quinta-feira (11), 10 estados apresentam alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), incluindo o Rio de Janeiro.
Em muitos estados, o rinovírus é o responsável por casos graves, que atinge principalmente crianças e adolescentes. Em Petrópolis, de janeiro a oito de setembro, o vírus registrou 90 casos. A Covid-19 também tem impulsionado o incremento de SRAG em diversos estados, sobretudo nas regiões Sudeste e Centro-Oeste com impacto maior na população adulta e idosa. No município, 222 casos foram registrados nesse ano. Além disso, foram registrados também 240 casos positivos de Vírus Sincicial Respiratório.
Os casos de internação aumentaram expressivamente em Petrópolis, uma vez que, até o dia 11 de setembro, foram registradas 725 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave, enquanto, durante todo o ano de 2024, foram 243 internações.
No estado, até o dia 23 de junho, as internações continuavam acima da média histórica, com 9.140 casos e 676 mortes.
Em todo o país, a atualização aponta que, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, os casos positivos foram de 48,9% de rinovírus; 20,8% de Vírus Sincicial Respiratório (VSR); 15,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19); 8,3% de influenza A; e 1,8% de influenza B.
Diante desse cenário, a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e responsável pelo Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, mantém as recomendações como o uso de máscaras em locais fechados e dentro dos postos de saúde. “Caso crianças e adolescentes apresentem sintomas de gripe ou resfriado, o ideal é permanecer em casa em isolamento ou, se precisarem sair, utilizar uma boa máscara”, explicou.
Portella destacou também a importância de que a população esteja em dia com a vacinação contra a Covid-19 e contra a influenza. “Pessoas imunocomprometidas e idosos precisam tomar doses de reforço da vacina contra a Covid-19, a cada seis meses, para se manterem protegidos contra os casos graves e óbitos do vírus”, destacou.
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