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quarta-feira, 11 de junho de 2025


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Internações por síndrome respiratória nos hospitais de Petrópolis apresentam aumento

Dia D de Vacinação imunizou mais de 6 mil petropolitanos contra gripe e outras doenças

Foto: Reprodução Internet
Foto: Reprodução Internet

Mariana Machado estagiária

Com a chegada do frio intenso nesta semana em Petrópolis, é necessário o cuidado da população com a própria saúde, e a de quem está ao seu redor. Isso porque o momento é propício para contrair um resfriado ou gripe.

A Secretaria Municipal de Saúde informa que, no período de 01 de janeiro de 2025 a 6 de junho de 2025, foram registrados 190 casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) que necessitaram de internação no município. No mesmo período do ano passado foram registrados 89 casos que necessitaram de internação, um aumento de 113.48%.

Ainda segundo a Secretaria, nos quatro primeiros meses de 2025, a UPA do Centro registrou uma média de atendimentos por síndrome respiratória, entre janeiro a abril, de 6.500 por mês. A UPA Cascatinha registrou uma média de atendimentos de 5.670 por mês no mesmo período. Já na UPA Itaipava foi registrado uma média de atendimentos de 4.370 por mês.

De acordo com o Hospital Santa Teresa (HST), a média de atendimentos em março e abril deste ano foi de 5.887. Já o Hospital Unimed vem acompanhando a alta de atendimentos a pacientes com sintomas respiratórios. Do 1º ao dia 19 de maio foram atendidas 760 pessoas com falta de ar, tosse, febre e perda de paladar. E em abril foram registrados 711 casos.

O pediatra, infectologista e professor da Faculdade de Medicina de Petrópolis, Dr. Felipe Moliterno, explica a diferença entre o rinovírus, vírus mais comum causador do resfriado, e o vírus Influenza, causador da gripe.

“O rinovírus não costuma dar febre em crianças acima de 2 anos, mas pode dar febre baixa por até 3 dias em bebês. Coriza, tosse seca e espirros são os sintomas mais comuns, assim como leve vermelhidão dos olhos, sem secreção, e dor de garganta, usualmente sem pus. Já a gripe se caracteriza por ser uma doença mais sistêmica, com febre, dor de cabeça, dor no corpo, mal estar, perda de apetite e tosse, com secreção respiratória. Pode causar pneumonia primária ou ser superposta a pneumonia bacteriana”, afirma.

De acordo com o pediatra e infectologista, o aumento nas internações e atendimentos por síndrome respiratória pode ser explicado pelo clima, que “favorece a multiplicação e infecção por esses vírus respiratórios no outono-inverno”, explica.

Além disso, o especialista ressalta que favorecem a transmissão também, “a aglomeração em ambientes fechados e pouco ventilados, a alta prevalência de pessoas sintomáticas circulando nesses ambientes ainda em período de alta transmissibilidade, sem o uso de máscara e, especificamente para a Influenza, a baixa adesão à vacina neste ano, que no país está em cerca de 35% apenas, segundo dados do Ministério da Saúde. Uma vacina segura, que é necessária na comunidade para menores de 5 anos”.

Ele ressalta ainda que não há imunidade contra a gripe, pois o vírus apresenta grande variabilidade genética e possui diversos sorotipos. “Portanto, não se confere imunidade definitiva a ele por conta da gripe que teve no ano anterior... Não faz sentido acreditar nisso e não vacinar as crianças”, completa.

Vacina

Neste último sábado (07), mais de seis mil pessoas foram imunizadas no Dia D de Vacinação, que atendeu diversos pontos da cidade, com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal contra a gripe e reforçar a imunização contra sarampo, caxumba e rubéola, com a aplicação da vacina tríplice viral. Ao todo, foram aplicadas 5.965 doses da vacina contra a Influenza e 45 doses da tríplice viral no dia D. Até o dia 09 de junho, haviam sido aplicadas 63.869 doses da vacina contra a Gripe Influenza no município.

Entretanto, de acordo com os dados do Ministério da Saúde, a situação do estado do Rio de Janeiro é preocupante, uma vez que somente 21,75% do público-alvo havia se vacinado até o início de junho, além do aumento no número de internações.

Em Petrópolis, a vacina está disponível gratuitamente em 36 postos de vacinação do município.

Prevenção além da vacinação

O Ministério da Saúde ressalta outras medidas que, unidas à vacina, são importantes para a prevenção do vírus. São elas: Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, principalmente antes de consumir algum alimento; Utilize lenço descartável para higiene nasal; Cubra o nariz e a boca ao espirrar ou tossir; Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca; Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; Mantenha os ambientes bem ventilados; Evite aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados).

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