Município realizou 2,4 mil exames no ano passado, segundo a Secretaria de Saúde
Larissa Martins especial para o Diário
O mês de junho é dedicado às ações que reforçam a importância da realização do teste do pezinho. O exame é essencial para o recém-nascido e deve ser feito entre o 3º e o 5º dia de vida. Ele faz parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), que tem o objetivo de identificar distúrbios e doenças para que seja feita a intervenção adequada, garantindo tratamento e acompanhamento. Com apenas algumas gotas de sangue do pé do bebê é possível rastrear 54 enfermidades raras, que hoje são detectadas precocemente.
Em Petrópolis, no ano passado, foram realizados 2.418 pelo Hospital Alcides Carneiro e pelo Centro de Saúde Coletiva. O Diário solicitou os números deste ano, mas não foi respondido até o fechamento da edição. Já a Secretaria Estadual de Saúde (SES-RJ) informou que os municípios do Rio de Janeiro têm hoje uma média de 11 mil bebês que realizam o Teste do Pezinho mensalmente nas 1.020 unidades de coleta cadastradas no PNTN.
De acordo com a SES-RJ, em 2023, foram testadas 135.084 crianças na triagem biológica, sendo 51.792 testes realizados após a ampliação da testagem. Em 2024, até o mês de abril, já foram triadas em torno de 38.226 crianças em todo o estado. No SUS, o exame é fornecido de forma gratuita.
Diagnóstico precoce
No Dia Nacional do Teste do Pezinho, comemorado na última quinta-feira (06), a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, enfatiza a importância do diagnóstico precoce.
O Teste do Pezinho é capaz de rastrear doenças metabólicas e genéticas que podem causar sequelas ou levar crianças à morte. Por isso, todos os bebês devem fazer o exame entre o terceiro e o quinto dia de vida. Dependendo da doença detectada, o diagnóstico preciso e rápido representa uma nova chance. O Rio de Janeiro oferece esse cuidado tão importante para a qualidade de vida dos bebês e de toda a família, afirmou a secretária.
No ano passado, com a entrada de 47 novas doenças no rol, o estado passou a ser o único do país a processar o teste coletado em unidades de saúde cadastradas, avançando para a Etapa 2 da implementação escalonada prevista na Lei Federal nº 14.154/ 2021, que engloba doenças relacionadas a galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da ureia e da betaoxidação dos ácidos graxos.
Reestruturação do PNTN
O Ministério da Saúde divulgou que tem buscado reestruturar o PNTN em todo o Brasil. O objetivo é aperfeiçoar o teste do pezinho com a inserção de novas tecnologias para rastreamento de doenças como, por exemplo, a tecnologia de espectrometria de massas, assim como novos medicamentos e fórmulas alimentares para crianças diagnosticadas com alguma das doenças do escopo do programa.
O PNTN é executado de forma articulada entre o ministério e as secretarias de saúde estaduais e do Distrito Federal, conforme estabelecido pela Portaria de Consolidação nº5 de 2017. Cada gestor tem autonomia e o dever de avaliar as estruturas de saúde locais para a organização e realização da triagem neonatal.
Vale lembrar que a reestruturação do PNTN foi pactuada na 2º Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em 29 de fevereiro de 2024. A reformulação acontecerá por meio de um ato normativo e irá regulamentar e organizar o novo modelo gestão do Plano, instituir a logística do transporte de amostras do teste do pezinho e o incentivo financeiro de custeio mensal para o Serviço de Referência em Triagem Neonatal.
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