Tratamento moderno acelera a regeneração celular de pacientes com lesões complexas
A tecnologia tem revolucionado os cuidados com a saúde, e uma das inovações é a laserterapia uma técnica que vem sendo aplicada com excelentes resultados no tratamento de feridas crônicas e agudas.
A enfermeira Paula Gumier, especialista em dermatologia com ênfase em feridas e curativos, com formação pelo Instituto de Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês e atuação como preceptora na Universidade Estácio de Sá, destaca que o cuidado com feridas vai além do simples curativo. “É preciso entender o paciente em sua totalidade aspecto social, psicológico, nutricional, fisiopatológico para propor um plano terapêutico eficaz e humano”, afirma.
Um dos principais diferenciais no atendimento oferecido por Paula é a abordagem integrativa, que considera também terapias adjuvantes, como a laserterapia. Ela se especializou na técnica em Belo Horizonte, no Instituto Saúde Inovação, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O que é a laserterapia e como funciona
Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein - “Laserterapia e seus benefícios no tratamento de feridas” - a laserterapia, ou fotobiomodulação, é uma tecnologia que utiliza a luz de baixa intensidade para estimular respostas biológicas no organismo. A energia luminosa é absorvida pelas mitocôndrias, promovendo o aumento da produção de ATP (energia celular), o que acelera a regeneração dos tecidos e reduz a inflamação.
Entre as aplicações mais comuns da técnica estão o tratamento de feridas de difícil cicatrização, úlceras por pressão, queimaduras, lesões diabéticas, além de benefícios em áreas como dores articulares, acne, problemas circulatórios e até controle da ansiedade.
“Com a fotobiomodulação, conseguimos estimular as células da pele a se regenerarem mais rapidamente, o que é fundamental em pacientes com lesões crônicas ou de difícil resolução. O tratamento é indolor, não invasivo e traz alívio significativo, inclusive emocional, aos pacientes”, explica Paula.
Ainda segundo a Associação Brasileira de Laser em Saúde (ABLOS), estudos clínicos demonstram que a laserterapia pode reduzir em até 50% o tempo de cicatrização em determinados tipos de feridas, quando associada ao tratamento convencional. Além disso, a técnica apresenta baixo risco de efeitos colaterais e pode ser aplicada em pacientes de diferentes perfis, incluindo idosos e portadores de doenças crônicas.
Para Paula, o grande ganho está na abordagem humanizada. “Tratar uma ferida não é apenas aplicar uma cobertura, mas entender o que aquela lesão representa na vida do paciente, física e emocionalmente. A laserterapia é uma ferramenta que reforça essa visão ampliada e traz resultados muito positivos.”
Com o avanço da tecnologia e da formação especializada de profissionais da enfermagem, como Paula, cada vez mais pacientes têm acesso a terapias modernas e eficazes transformando não apenas a pele, mas a vida como um todo.
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