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Lesão corporal culposa no trânsito reduz em Petrópolis

Levantamento do Instituto de Segurança (ISP) aponta que 71 pessoas se envolveram em acidentes nas ruas do estado diariamente

Foto: Arquivo
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Larissa Martins

Levantamento inédito do Instituto de Segurança (ISP), divulgado no início da Semana Nacional do Trânsito, promovida anualmente, entre 18 e 25 de setembro, conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) revela que, entre janeiro e junho deste ano, 171 casos de lesão corporal culposa foram registrados nas ruas de Petrópolis. O número reduziu 19% em comparação ao ano passado, quando houve 211 ocorrências. Os dados mostram ainda que no primeiro semestre houve 169 acidentes de trânsito no município, alguns resultando em mortes, além de 14 atropelamentos e 12 homicídios culposos.

Infrações

Outros dados que também preocupam são as infrações de trânsito. Em seis meses, a adulteração de sinal identificador de veículo automotor foi responsável por 116 casos. Em outros 68, os motoristas estavam dirigindo sem habilitação. Apesar de ser considerada pena gravíssima sob pena de detenção de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de dirigir, conduzir veículo embriagado ou sob efeito de drogas contabilizou 19 flagras.

Em 2023, foram 14 ocorrências de direção perigosa, o mesmo número que em 2024, não havendo alteração. Já o percentual de participações em competições não autorizadas subiu de forma considerável, pois no ano passado não registrou nenhum ocorrido e neste ano já são 14. A única infração que não foi cometida por nenhum motorista, segundo o painel do ISP, foi a violação da suspensão para dirigir.

Conscientização

Para a diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz, a divulgação desses dados é essencial para conscientizar a sociedade sobre segurança viária e embasar estratégias de fiscalização de trânsito baseadas em evidências.

O ISPTrânsito é mais do que um painel de dados. Queremos oferecer uma ferramenta estratégica que apoie a formulação de políticas públicas voltadas para a educação no trânsito e também conscientize a sociedade sobre a importância da prevenção de acidentes. Esses números reforçam a necessidade de fortalecer programas do Governo do Estado como a Operação Lei Seca, as ações do Detran.RJ e outras iniciativas estaduais voltadas a enfrentar a insegurança no trânsito, explicou.

Cenário estadual

No estado do Rio de Janeiro, 1.436 pessoas foram atropeladas, uma média de oito casos por dia. A Avenida Brasil desponta como a mais perigosa, com 50 ocorrências, seguida pela Av. Santa Cruz, com 22, e pela Avenida das Américas, com 21. Mais de das vítimas possui entre 30 a 59 anos e do sexo masculino. A capital fluminense lidera as estatísticas (658 registros), seguida por São Gonçalo (100) e Nova Iguaçu (81).

No primeiro semestre, além do aumento nos atropelamentos, houve uma alta de 23% nos acidentes de trânsito, totalizando 12.914 ocorrências em 182 dias, uma média de 71 acidentes por dia. Desse total, 751 resultaram em vítimas fatais. Em seis meses, o ISPTrânsito registrou 13.389 casos de lesões corporais culposas, com a maior parte ocorrendo no período da tarde, entre meio-dia e 18h, e 1.123 homicídios culposos, concentrados majoritariamente à noite, entre 18h e meia-noite.

Direção perigosa

Nos seis primeiros meses do ano também se destacou o grande número de motoristas jovens, entre 18 e 29 anos, como os principais autores por infrações, como dirigir sem habilitação, adulteração de sinal identificador de veículo automotor (ou adulteração de chassi) e participação em competições não autorizadas. Em comparação com o mesmo período do ano passado, dirigir sem habilitação e adulteração de sinal identificador registrou aumentos expressivos no estado do Rio de Janeiro, de 22,7% e 50,2%, respectivamente.

Quanto à profissão, grande parte dos infratores é composta por estudantes. Nos registros de direção perigosa, estudantes (5,7%), comerciantes (3,4%) e entregadores (3,3%) foram os mais autuados. Já nas ocorrências por participação em competições não autorizadas, estudantes (11,4%), motociclistas (6,4%) e entregadores (3,6%) se sobressaíram.

A conscientização é fundamental para um trânsito mais seguro. Saber o perfil dos autores e locais com mais ocorrências é essencial para promover educação no trânsito direcionada para o público-alvo. Em nossos 25 anos de história, podemos dizer que um dos nossos legados é simplificar a informação para que toda a sociedade possa ter acesso a informações técnicas e qualificadas de forma acessível, destacou  Leonardo Vale, vice-presidente do ISP.

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