Edição: sábado, 15 de março de 2025

Luka Dias

COLUNISTA

Luka Dias

Empodere-se

Goretti Bussolo
Goretti Bussolo

Sua incrível história de superação e o Instituto das Marias

1- Como surgiu o Instituto?
O Instituto Todas Marias, foi fundado em 30 de Novembro de 2015 por Goretti Bussolo, depois de enfrentar uma arduosa batalha pessoal de abuso sexual a
na infância, pré adolescência e violência doméstica. Fez da sua dor uma grande bandeira. Atua no enfrentamento da violência contra às mulheres, crianças, adolescentes, LGBTs e a qualquer pessoa em situação de violência de qualquer natureza. (sua história está no TEDX e nas redes sociais).

Goretti Bussolo

2- Neste período, quantas mulheres já receberam auxílio em média?
Mais de 7.500 mulheres, adolescentes, crianças e LGBTQIA  já entraram em contato para pedir ajuda, contar que vivem ou viveram algum tipo de violência!
Impactadas com palestras, debates, lives, rodas de conversas, muito mais de 60 mil mulheres, homens e adolescentes, desde 2015!
Fora as entrevistas e participações na midia.

Goretti Bussolo

3- Como o Instituto auxilia no combate à violência?
Escuta humanizada com psicólogos especializados, rodas de terapêuticas, direcionamento e encaminhamentos às necessidades: canais de denúncia, programas sociais, para casa abrigo, atendimento virtual psicológico, para o público em geral, aconselhamento jurídico, para vagas de capacitação e mercado de trabalho, doações emergenciais para fraldas, fraldas geriatricas, produtos de higiene pessoal, alimentos e outras doações quando recebemos de apoiadores
O suporte emocional continuado, ou colo virtual, rodas de conversas, eventos com oficinas para capacitação e vendas de artesanato, orientamos (todas atendidas a fazerem o enem, a completar os estudos, e buscamos parcerias com universidades para bolsa de estudo e outros...
Palestras, debates, mediação de conflitos em empresas públicas, privadas, sindicatos, campo, igrejas, movimentos sem terra, ocupações,  comunidades carentes, associações de catadoras de recicláveis, profissionais do sexo, trans etc.

Goretti Bussolo
Goretti Bussolo

4- Como sair do ciclo de violência?
Buscando ajuda, sozinha é muito doloroso e demorado, diria até impossível
Procure os canais de denúncia, Comece ligando no 180, familiar, amigas, unidade de saúde, busque suporte que possa se fortalecer emocionalmente.
Quanto maior o tempo de permanecia em um relacionamento abusivo, maiores serão os danos físicos e emocionais.
De um basta, mesmo que seja difícil ou pareça impossível.
Se expor, contar, denunciar, requer coragem, mas só assim o ciclo terá fim. Denuncie, por amor à mulher que é,  a mãe, por amor próprio e dos filhos, que são os maiores sequelados e vítimas da violência doméstica .

Goretti Bussolo

5- Quais são os sinais de alerta?
Embora alguns relacionamentos sejam evidentemente abusivos desde o início, o abuso geralmente começa sutilmente e piora com o tempo.
O agressor usa incidentes com grito, choro, depressão, instabilidade, para manipular a companheira, descrevendo-os como prova de que ela é a abusiva da relação.
A maioria das mulheres, independente de classe social ou escolaridade não percebem estar sofrendo violência doméstica se estiver em um relacionamento que:

- Xinga, insulta, impede ou vai minando a companheira de ir para o trabalho, estudar ou encontrar parentes e amigos
- Controla os gastos com dinheiro, aonde vai, que remédios toma ou o que veste, cor de batom, corte do cabelo.
- Ciúme ou possessividade, acusações de infidelidade.
- Raiva desmedida quando bebe álcool ou usa drogas.
- Proibe consultar um profissional de saúde, psicóloga.
- Faz ameaças, bate, chuta, empurra, dá tapas, sufoca ou machuca a mulher, filhos ou seus animais de estimação.
- Humilha, desmerece, chama de burra, incapaz, que vai te deixar passar fome com os filhos.
- Ameaça matar filhos ou familiar.
- Liga constantemente, quebra o celular, proíbe e vasculha redes sociais.
- Sexo forçado, ou praticar atos sexuais contra a vontade.
- Sempre culpa a mulher por seu comportamento violento ou diz que que ela merece.
- Motivos de permanência na violência:
- O medo de retaliação;
- O constrangimento;
- A dependência econômica;
- A falta de preparo dos profissionais.

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Karina Guimarães

Perita e especialista forense em comportamento criminal em rede, laudos, perícia e quesitos, evidências informáticas e computacionais.  Inteligência do Estado.

Karina Guimarães

1- Fale sobre seu trabalho de perícia, em que áreas atua e sobre suas pesquisas.
Atuo com perícia de dispositivos informáticos móveis, no caso o celular, há quatro anos e também assessoro na elaboração e na avaliação de quesitos envolvendo materialidade informática, ou digital.

2- Qual sua posição em relação às crianças na rede?
Posiciono-me como uma defensora de crianças distantes das redes sociais e próximas de outras crianças no mundo real, longe de predadores sexuais e traficantes infantis.
Eles distribuem-se em similares células terroristas bem como na disseminação inoculada ou direta do consumo de material pornográfico infantil ganhando simpatia, empatia e confiança de quem as permite com 'caras e bocas' distante do que são seja como consumidoras, auxiliadores e viabilizadores deste cenário horrendo de crimes contra crianças, bebês e adolescentes.
Infiltram-se na sociedade na área jurídica e de força de lei, bem como na saúde mental para disseminarrm uma ideia até de 'doença' como a origem da cobiça do ato e que nunca foi. Aproveitam da confiança ou posição social e validação profissional para o acometimento deste 'cinismo'.
Como perita computacional e entendendo a opinião de psiquiatras sérios quanto a imputabilidade de crimes dessa natureza de alto planejamento e aprimoramento, digo que são cínicos,.impiedosos e inescrupulosos pela materialidade que, infelizmente, precisamos ver

3- Como podemos evitar e/ou controlar o que é visto no celular por elas?
Atualmente se faz o controle à distância do que um usuário, no caso a criança, acessa pelo celular ou pelo computador e do que se falar do controle feito diretamente pelo provedor do acesso à internet (rede) e não somente pelo dispositivo.
A educação e orientação quanto aos riscos de forma 'costumeira' limita mais do que controle físico, porém ele deve existir como fator limitante antes do infante-juvenil pela incapacidade de defesa.

4- Fale-nos de sua consultoria em “Tendência sobre criminal profiling”
Estudo os perfis e modus operandi de crimes internacionais como o terrorismo, o tráfico humano junto da exploração sexual infantil juvenil.
A forma e origem da estrutura do crime organizado de fato e não somente os pobres coitados que a estruturam ao final da pirâmide e sim em seu pilar. Desde a captação de operadores, da permissividade e da forma com que  a 'rentabilidade criminal' passa 'despercebida' até se tornar bens e imóveis, criando uma identidade de poder e autonomia do crime organizado.

Karina Guimarães

5- O que é o Canal Wolf?
O Canal Wolf é um canal elaborado para derivar programas de entrevistas, e futuramente disponibilizar na forma de artigos e publicações e de capacitação na área de inteligência e forense, sempre com foco no valor, na capacidade dos nossos profissionais da área policial e da inteligência, que ao meu ver e de demais estudos já feitos é uma das melhores polícias e operadores do mundo sequer percebida pelos próprios operadores e agentes, pela lata entrega que faz com pouco investimento. A nossa polícia é uma das melhores do mundo, sempre foi.

6- Quais os projetos para diminuir os crimes em rede? Existem políticas já elaboradas? Fale-nos sobre.
A soberania dentro de sua identidade nacional faz com que, no caso de não termos um acordo internacional de cooperação entre estado-nação para o acesso e a produção de conhecimento de investigações de alta complexidade e ou internacionais, ultra fronteiriças seja inviável e ineficaz a depender do limite deste acesso.
Temos recentemente o caso das limitações impostas por duas redes sociais e que de forma brilhante e atuante o Supremo Tribunal Federal, impôs a soberania brasileira sobre a sua jurisdição e Extra ou  a própria territorialidade mesmo em se tratando de um sistema de que cujo é ultra fronteiriço, porém alimentado com informações sensível e comportamentais de outro uma país, no caso o usuário da rede. a atuação é brilhante e coerente com o atual cenário. Este fez- valer a nossa identidade e soberania nacional.
Sobre as políticas de segurança da informação existe uma que é o pilar: a capacitação dos operadores da segurança da informação que inclui a segurança da informação íntegra, disponível, e protegida, dentro da tríade, aqui conhecida como C.I.D. - confidencialidade, integridade e disponibilidade.
Atuar nas reciclagens dos usuários finais de um sistema bem como a segurança de toda informação sensível de uma empresa atinge se não houver resistência cultural e dentro de uma direção estratégica de visão global e futurista, a toda a corporação  porque a visão e percepção de segurança é 360, ou seja de pessoa, dos ativos de conhecimento produzidos e da infra-estrutura.
Uma infra estrutura de ponta de nada adiante sem a capacitação de seus operadores bem como os agentes de governança e gestão de TIC. Estes,por sua vezes, DEVEm ser quando, como e quem.
No caso da segurança da informação para os usuários comuns em suas residências, meio social, vale uma regra antiga, não aceita nada de ninguém, não coma nada entregue por um estranho. Não acesse, não abra e não clique, sem necessidade mesmo motivada pela curiosidade, no casos dos crimes de pescaria (phishing)  com objetivos de intrusão para sabotagens e afins.

7- Como obter segurança de dados na internet? Alguma instrução?
Leia artigos atuais sobre segurança da informação e não esqueça de que absolutamente NADA informática é gratuito, nada. Se esse é o chamariz, então o produto é você.

8- Fale mais sobre seu trabalho e o que acha relevante para a informação de nossos leitores.
Para atuar e entender sobre os crimes internacionais procurei ter uma visão ampla sobre a viabilização do crime, a pulverização, o consumo, a capitalização bem como a sua rentabilidade,  a resiliência (persistência), o crescimento e a sua estrutura. Especializei-me na área de comportamento, de saúde mental, de criminologia, de defesa e de investigação. Esse foi o caminho.

www.karinaguimaraes.com
www.canalwolf.com
www.seriepensedigital.com
@peritakarinaguimaraes




8º Congresso Brasileiro sobre Mulheres na Polícia (CBMP)

Mulheres na polícia

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