No Brasil, 2 milhões de crianças estão fora das creches por falta de vagas, aponta IBGE
Larissa Martins especial para o Diário*
A lista de espera, da Secretaria Municipal de Educação, aponta que 1.316 crianças ainda estão aguardando por uma vaga nos Centros de Educação Infantil de Petrópolis. No total, são 74 unidades onde os responsáveis cadastraram os filhos, com até 3 anos de idade, para uma futura oportunidade estudantil, mas não tiveram retorno, até o momento.
De acordo com a Prefeitura, a demanda da Educação Infantil foi encontrada reprimida. A mesma afirmou que vem trabalhando para reduzir a fila. Desde que o governo assumiu, em dezembro de 2021, foram inaugurados oito centros de Educação Infantil de zero a cinco anos (dois em Itaipava, Alto da Serra, Bonfim, Carangola, Vale das Videiras, Nogueira e Duarte da Silveira), o que resultou na abertura de mais de 750 vagas. Atualmente são 86 unidades de Educação Infantil na rede municipal. Para este ano estão previstas mais inaugurações, disse a nota enviada ao Diário.
Veja a lista de escolas que possuem os maiores números de crianças aguardando para estudar:
Carência nacional
A situação não é exclusiva de Petrópolis. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foram divulgados pela organização Todos pela Educação (TPE), nesta segunda-feira (8), a oferta dessa etapa de ensino ainda é desafio no Brasil. Atualmente, 2,3 milhões de crianças de até 3 anos de idade não frequentam CEIs por enfrentarem dificuldade de acesso ao serviço. O percentual das famílias mais pobres que não conseguem vagas é quatro vezes maior do que o das famílias ricas.
De acordo com o levantamento, o principal motivo de estas estarem fora do ambiente escolar é a instituição não aceitar a criança por causa da idade. Em seguida aparece a falta de vaga; não ter escola ou ao fato de a creche ficar em local distante.
Atualmente, 4,7 milhões de crianças frequentam creches, o que representa 40% do total de até 3 anos no país. Cerca de 40% não frequentam a creche por opção dos pais ou por outro motivo (3%). Entre esses motivos estão falta de dinheiro para transporte e material (0,5%), o fato de as escolas não serem adaptadas a crianças com deficiência (0,2%) e problemas de saúde permanentes da criança (0,6%).
*Com informações da Agência Brasil
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