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sexta-feira, 03 de janeiro de 2025


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Mapeamento geológico aponta 10 bairros de Petrópolis com risco elevado de deslizamento de terra

Mais de 17 mil petropolitanos estão expostos ao risco

Foto: Alcir Aglio
Foto: Alcir Aglio

Mariana Machado estagiária

O Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ) apresentou, no fim de novembro, ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), o mais abrangente mapeamento de risco geológico já realizado em Petrópolis. A apresentação foi acompanhada pelo prefeito eleito Hingo Hammes e pelo vice-prefeito eleito, Albano Filho (Baninho).  O estudo faz parte das ações de prevenção às mudanças climáticas do Governo do Estado e será integrado às ações do programa Serrana Resiliente.

Os locais mais críticos são: o bairro Independência, colado à descida da serra; e o Morro da Oficina, no Alto da Serra, considerado um dos pontos de maior perigo da cidade. Só no Morro da Oficina, mais de mil moradores vivem sob risco iminente.

Em seguida, está o Centro de Petrópolis, que aparece em terceiro lugar no mapeamento, com mais de mil pessoas vivendo em condições de risco alto e muito alto. Outros bairros críticos incluem São Sebastião, Retiro, Vila Felipe, Quitandinha, Vale do Cuiabá, Madame Machado, Bataillard e Posse. Ao todo, são mais de 17 mil petropolitanos vivendo em locais de risco alto e muito alto de deslizamentos de terra.

A promotora de Justiça, Zilda Januzzi, titular da 1ª Promotoria de Tutela Coletiva de Petrópolis, ressaltou a importância do estudo para a gestão de riscos no município. “Esperamos que este mapeamento seja um instrumento para transformar a realidade social na cidade, orientando ações concretas do poder público. Petrópolis foi escolhida como cidade piloto do programa Serrana Resiliente, e este levantamento nos dá boas perspectivas para o futuro”, afirmou a promotora.

Para o presidente do DRM-RJ, Luiz Cláudio Almeida Magalhães, o estudo é o maior do gênero já realizado, não apenas no Brasil, mas no mundo. “Combinamos análises técnicas detalhadas e tecnologia de ponta, o que permitiu identificar áreas críticas e propor soluções efetivas para mitigação de riscos”, explicou o presidente.

Ao todo foram realizadas visitas técnicas em 548 microbacias em toda cidade, num total de mais de 15 mil pontos avaliados pela equipe técnica. Todos os pontos foram vistoriados pelo menos duas vezes.

“As mudanças climáticas são uma realidade e é prioridade do governador Cláudio Castro e minha também, preparar as cidades,  mitigar os impactos dos eventos severos na vida das pessoas. Este estudo detalhado da cidade após a tragédia de 2022 é um importante instrumento para orientar as ações”, ressalta o secretário do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, que coordena os trabalhos da equipe responsável pelo Plano de Contingência para as chuvas no estado.

O estudo está em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), mais especificamente no que se refere a  ODS 11 - Cidades e Comunidades Sustentáveis, que prevê a redução de impactos ambientais.

Questionada sobre quando serão implantadas ações e planos de contenção nas localidades, a Defesa Civil de Petrópolis informou que “o documento está em análise pelos técnicos da secretaria, que avaliam as informações para subsidiar as ações de prevenção e mitigação de riscos no município”.

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