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MCTI nega transferência do Supercomputador Santos Dummont de Petrópolis

LNCC não se manifesta sobre o assunto

Foto: Alcir Aglio
Foto: Alcir Aglio

Larissa Martins

Após a repercussão de informações de que Petrópolis poderia perder o Supercomputador Santos Dummont, instalado no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), localizado no Quitandinha, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), esclareceu ao Diário que a tecnologia não será transferida da cidade.

“O MCTI esclarece que não recebeu nenhuma solicitação de transferência do Supercomputador Santos Dumont, hoje instalado na cidade de Petrópolis (RJ)”, informou.

Alto custo pós-expansão

Recentemente, o equipamento recebeu uma importante atualização em sua capacidade de processamento. Agora, ele atinge 18,85 petaflops (quadrilhões de operações por segundo), um aumento de aproximadamente 575% em relação à especificação original de 2015.

Esse foi o primeiro investimento realizado previsto no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que visa transformar o país em referência mundial em inovação e eficiência no uso da inteligência artificial, especialmente no setor público.

Por conta dessa expansão, informações divulgadas pela Folha de São Paulo, diziam que o alto consumo de energia do supercomputador preocupou a administração do LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica), que chamou a atenção para o alto custo estimado de energia elétrica associado à operação do equipamento.

Questionado pelo Diário, o LNCC declarou não ter manifestações a fazer sobre o assunto, no momento.

“Sugerimos que eventuais dúvidas ou esclarecimentos sejam direcionados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), órgão responsável pelo tema”, disse em nota.

Destaque na América Latina

O Santos Dumont está entre os 100 supercomputadores mais poderosos do mundo.  Isto porque, uma lista dos sites que operam os 500 sistemas de computadores mais poderosos é montada duas vezes por ano.

Na última edição de 2024, lançada em novembro, o Santos Dumont apareceu na lista do TOP500 na posição 89, garantindo a classificação do supercomputador como o mais poderoso da América Latina para pesquisa acadêmica, usado para processamento de cálculos complexos, tarefas extensas e com grandes volumes de dados.

O Santos Dumont também está presente na lista Top500 Green, equipamentos mais eficientes em relação à eficiência energética, na posição 39, ou seja, é considerada a máquina mais eficiente na América Latina.

Diferenças

O que difere um computador de um supercomputador é a capacidade para atender a projetos de grande escala, ou seja, são Petascala, sistemas de computação capazes de calcular pelo menos 10 elevado a 15 operações de ponto flutuante por segundo (1 petaFLOPS).

Qualquer cientista brasileiro que apresente um projeto, em que fique comprovada a necessidade de uso de um supercomputador com a capacidade do Santos Dumont, pode utilizá-lo.

Com essa expansão significativa, o equipamento permitirá que mais projetos de pesquisa brasileiros possam ser atendidos e aqueles, que já usam o Santos Dumont, possam concluir mais rapidamente suas simulações e análises de dados.

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