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Medo de falar em público afeta 60% dos brasileiros

Especialista relata que a glossofobia pode ser superada com treino e apoio especializado

Foto: Divulgação
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Emanuelle Loli - estagiária

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Fonoaudiológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 60% dos brasileiros sofrem com glossofobia, que é o medo de falar em público. Alguns sintomas como tremor e suor são muito comuns em casos da fobia.  Este temor, no entanto, é completamente vencível com as estratégias certas.

De acordo com Simon Wajntraub, fonoaudiólogo e especialista em comunicação e oratória, para superar o medo de falar em público, “existem treinamentos e tratamentos para mudar a personalidade desta fobia social, como cursos de oratória e exercícios de argumentação sob pressão. Alguns paralelamente recorrem a psicologia, psicanálise e psiquiatria”, disse.

Além disso, para superar, é fundamental começar com uma boa preparação, como dominar o conteúdo da apresentação, ensaiar diversas vezes e estar familiarizado com o ambiente onde se vai falar.

Dentre os sintomas mais comuns estão:

  • Tremor;
  • Suor;
  • Esfriamento das mãos;
  • Aceleração dos batimentos cardíacos;
  • Aceleração da frequência respiratória.

“Pavor de falar em público, medo de se expor com hierarquias superiores e ficar o tempo todo submisso também são alguns dos sintomas”, comentou.

Desenvolvimento da Fobia

Segundo Simon, o medo de falar em público é a consequência de erros cometidos na criação e educação das crianças.

“Por exemplo: Não colocar a criança o mais cedo possível na creche, ficar em casa só com telas e os pais não manterem um diálogo constante com o filho. Pais agressivos ou que possuem algum tipo de vício desestruturam a família, fazendo com que a criança viva no medo constante Todos estes fatores criam um adulto inseguro e principalmente tímido”, comentou.

Fobia x timidez

Embora podendo ser confundido, há distinções importantes entre indivíduos apenas tímidos e aqueles que sofrem com formas mais intensas, como a glossofobia.

“É muito simples e comum diferenciar o inibido do super tímido que abrange a glossofobia. O inibido só fica inseguro no início das exposições em público, já o outro foge de todas as situações de exposição, não grava mensagens de áudio, não gosta de tirar fotos e nas reuniões fica em silêncio, por exemplo”

Perfil das pessoas

De acordo com Simon, não existe um perfil de pessoas que são mais propensas a glossofobia.

“Tudo advém de erros na criação, principalmente na infância, como mimar ou reprimir exageradamente. Hoje com o advento do celular e internet, os familiares estão cada vez mais se isolando, cada um fica no seu canto e não tem mais a comunicação familiar”, comentou o fonoaudiólogo.

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