Morreu neste domingo (19/01) o jornalista Léo Batista. Ele tinha 92 anos e havia sido internado em estado delicado em um hospital em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, devido a complicações provocadas por um câncer no pâncreas. Um dos grandes nomes da história da televisão brasileira, ele é conhecido pela "Voz Marcante" pelos inúmeros trabalhos em mais de 50 anos no jornalismo e no esporte da TV Globo.
Natural de Cordeirópolis, no interior de São Paulo, João Baptista Bellinaso Neto começou a fazer locuções em um alto-falante instalado em uma praça da cidade onde nasceu, em 1947. Depois, se mudou para Piracicaba, onde começou a trabalhar em uma rádio fazendo narrações de jogos do time local.
Cinco anos depois, foi para o Rio de Janeiro e começou a apresentar o "Globo No Ar", na Rádio Globo. Foi em uma edição do programa que ele anunciou, em primeira mão, o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954.
Léo Batista entrou para a televisão em 1955, pela TV Rio, onde apresentou o "Telejornal Pirelli" por 13 anos. Também passou pela TV Excelsior, antes da chegada à TV Globo em 1970, e permaneceu lá desde então.
Na emissora, cobriu várias edições de Copa do Mundo e Olimpíadas e ajudou a implantar o "Globo Esporte" e o "Esporte Espetacular". Também ancorou o plantão que noticiou a morte de Ayrton Senna, em 1994. Ainda apresentou "Jornal Nacional", "Jornal Hoje" e os gols do "Fantástico" - em uma fase do programa, ele interagia com a "Zebrinha", personagem que brincava com os resultados dos jogos do domingo. A forma de fazer as locuções levou ao apelido de "Voz Marcante", alcunha dada pelo narrador Luis Roberto.
Léo Batista foi casado por quase 60 anos com Leyla Chavantes Belinaso, que morreu em 2022. Ele teve duas filhas, Cláudia e Mônica Batista.
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