Município registrou três vítimas fatais de acidentes menos de uma semana
Larissa Martins especial para o Diário
A última semana foi marcada por quatro acidentes de trânsito em Petrópolis: três deles levaram as vítimas a óbito. O primeiro ocorreu no dia 28/05. A vítima morreu após colidir com outra motocicleta, na Estrada União e Indústria. O Corpo de Bombeiros e a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) foram acionados para atender a ocorrência. No entanto, a vítima morreu durante o deslocamento para o hospital. O outro condutor teve ferimentos leves.
Morte no Alto da Serra
No sábado (1), um homem, não identificado, morreu após bater com a motocicleta em um poste no Alto da Serra. O caso aconteceu durante a noite, por volta das 21h, na Rua Coronel Albino Siqueira. De acordo com testemunhas, a vítima perdeu o controle da moto após ultrapassar um ônibus. O Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar atendimento, mas o motociclista não resistiu e morreu ainda no local da ocorrência.
Morte em Araras
Já na manhã dessa segunda-feira (3), a Assessoria de Comunicação do Corpo de Bombeiros confirmou o óbito de outro motociclista, desta vez, em Araras. O acidente foi registrado após uma colisão envolvendo moto, carro e ônibus, por volta de 01h30 da madrugada. Equipes do Quartel de Itaipava foram acionadas para a Estrada Bernardo Coutinho, altura do número 5.685. Quando chegaramao local para prestarem socorro aos feridos, foi constatado que havia apenas uma vítima fatal. O homem, de apenas 21 anos, já estava morto.
Policial embriagado
No dia anterior, domingo (2), um motorista embriagado, que se identificou como policial civil, colidiu com uma moto na Rua General Rondon, altura do número 170, no Quitandinha, atropelando o piloto. O acidente grave aconteceu por volta das 20h30. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram o condutor da moto caído no asfalto e o carro envolvido, com a frente destruída. Uma testemunha informou que o policial já havia batido em outro veículo, e fugido sem prestar conta, antes de atingir a moto, gerando prejuízo também ao motorista.O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas, em contato com a Assessoria de Comunicação, o Diário foi informado que não há registros a respeito do estado de saúde da vítima e nem do caso.
O Diário de Petrópolis também contatou a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro para confirmar a identidade do condutor do carro. "De acordo com a 105ª DP (Petrópolis), o servidor foi conduzido por policiais militares à delegacia. Ele realizou o exame de alcoolemia, que deu positivo, e foi autuado em flagrante por embriaguez ao volante. O agente não portava arma de fogo e estava de folga. Paralelamente, a Corregedoria-Geral de Polícia Civil (CGPOL) instaurou uma sindicância administrativa para apurar a conduta dele", dizia a nota enviada ao jornal.
Sala de Trauma
Mensalmente, o Hospital Santa Teresa divulga o número de atendimentos de vítimas de acidentes de trânsito, e outros, na unidade. Não há um mês que não tenha as motos como as principais responsáveis pelas admissões. No levantamento de abril, houve 152 hospitalizações, sendo 76 delas por acidentes envolvendo motocicletas. Os casos referentes a maio estão sendo apurados pela equipe técnica do HST e serão divulgados em breve à imprensa.
Os dados apresentados foram coletados a partir dos atendimentos realizados pelo convênio e pelo Sistema Único de Saúde (SUS), encaminhados pelos Bombeiros, Concer, Samu ou que procuraram o hospital por meios próprios.
Problema de saúde pública
O Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, em abril, aponta que os hospitais que concentram atendimentos ortopédicos,HMNSE e HST, são os maiores notificadores, correspondendo o HMNSE a 70,93% das notificações e HST com 11,22%.A faixa etária de 20 a 29 anos concentrou a maioria das ocorrências (372), com percentual de 49,14%, seguida da faixa etária de 30 a 39 anos, com 155 casos (20,47%). Os dados são referentes ao ano de 2023.Os números têm crescido de forma tão alarmante nos últimos anos, que os acidentes com motociclistas foram considerados um problema de saúde pública a ser combatido na cidade.
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