“Fizemos tudo o que podia ser feito para não chegar nessa situação, porque a gente não queria isso, nós gostaríamos de trabalhar e receber como todo mundo”, diz um dos motoristas
Mariana Machado estagiária
O transporte público escolar de crianças com deficiência pode ser interrompido pelos motoristas, nesta sexta-feira (27), por conta do atraso nos pagamentos, o que atrapalha, não só a vida pessoal dos trabalhadores, mas também o próprio serviço oferecido, uma vez que pode ser necessária a manutenção do veículo, entre outros gastos, além de impedir que os alunos com deficiência compareçam às aulas.
De acordo com um motorista, que preferiu não se identificar, o salário referente ao mês de maio ainda não foi recebido. “Já teríamos que ter recebido, mas até agora nada, e não temos uma posição de data. Os motoristas já tentaram, de diversas maneiras, um contato com a Secretaria de Educação, para que atendessem a gente. Fizemos tudo o que podia ser feito para não chegar nessa situação, porque a gente não queria isso, nós gostaríamos de trabalhar e receber como todo mundo”.
Outro motorista, que também não quis se identificar, ressalta que os pagamentos sempre atrasam, e que o reparo e a gasolina são pagos pelos donos das vans, “a Prefeitura só faz o pagamento do transporte e até agora nada”, disse. Ele explica que sua situação é complicada, pois paga pensão, e até esta quarta-feira (25) não conseguiu arcar com sua obrigação.
Segundo mais um dos motoristas, os atrasos impactam diretamente nos gastos diários com combustível. Ele explica que a paralisação está planejada para sexta-feira (27), e seguirá até que o pagamento seja realizado, ou que, pelo menos, a Secretaria de Educação dê a eles uma resposta de quando os repasses serão regularizados.
Questionada sobre quando o pagamento dos motoristas será realizado e a razão do atraso, a Prefeitura de Petrópolis não retornou até o fechamento desta matéria.
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