"A população tem que estar presente, participando e dizendo qual é a melhor opção”, diz presidente do Comitê Piabanha
Mariana Machado estagiária
Com o tema “Existem Soluções para as Inundações em Petrópolis?”, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Petrópolis, em parceria com o Comitê Piabanha, instituições e sociedade civil organizada, visam debater causas, impactos, e possíveis medidas preventivas e de resposta às recorrentes inundações causadas por fortes chuvas em Petrópolis.
Na ocasião, a empresa Lazarus, vencedora da licitação de estudo integrado da Bacia do Piabanha, apresentará a metodologia e os integrantes de sua equipe de trabalho.
O encontro tem como objetivo ampliar o debate público e apresentar soluções técnicas, estruturais e ambientais para o desafio enfrentado pelo município. Segundo a promotora de Justiça Zilda Januzzi, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Petrópolis, "o evento será fundamental, pois servirá para dar continuidade ao debate sobre a temática, que vem impactando de modo severo os habitantes da cidade de Petrópolis”.
O evento promoverá também uma mesa de debates com representantes do Poder Público e da Sociedade Civil. Um espaço dedicado à avaliação crítica e à troca de experiências entre os diferentes setores envolvidos direta ou indiretamente na temática das inundações.
Por isso, o Comitê Piabanha reforça a importância da participação popular. Segundo a presidente do Comitê Piabanha, Karina Wilberg, “o plano municipal de redução de riscos não fala de risco de inundação, só de movimento de terra, então, é importante que os munícipes conheçam seus riscos também e participem, acompanhem, porque tem propostas e obras ali que vão alterar o ritmo da cidade”.
A presidente do comitê ainda explica quais abordagens o comitê vê como melhores para o município. “A gente pensa que devem existir obras mais sustentáveis ou soluções que a gente possa fazer pequenas soluções em cada lugar. A solução não é resolver a água depois que já passou no centro, é evitar que o centro inunde. E, para isso, a gente tem que usar um monte de pequenas soluções que juntas, talvez, funcione. Digo talvez porque a gente não sabe também. A natureza é imprevisível, mas achamos que poderia ser possível minimizar sem obras de muito vulto”, disse.
“A população tem que estar presente, participando e dizendo qual é a melhor opção. Que é o que eles querem, o que entendem ser importante para a cidade”, conclui Karina Wilberg.
O evento será no dia 30 de abril, das 8h30 às 18h, no Auditório da UNIFASE (Prédio Anexo), na Avenida Barão do Rio Branco, número 1.003. As inscrições são gratuitas, e podem ser feitas até a data do evento pelo link https://www.even3.com.br/existem-solucoes-para-as-inundacoes-em-petropolis-respostas-553989/ .
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