Funcionários da Cultura promoveram paralisação durante 24h cobrando melhores condições de trabalho
Por Larissa Martins
Nesta quarta-feira (24), o Museu Imperial fechou suas portas em um ato de protesto. A greve foi promovida por funcionários das instituições federais de Cultura: Museu, Palácio Rio Negro e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan. Os servidores exigem a abertura de uma mesa de negociação para a categoria. O movimento em frente ao ponto turístico contou com a participação de dezenas de pessoas.
Segundo o Sindicato Intermunicipal dos Servidores Públicos Federais nos Municípios do Rio de Janeiro (Sindisep-RJ), a ação faz parte do calendário de paralisações nacionais. A mobilização visa a implementação do Plano de Carreira da Cultura, luta que se arrasta por mais de 20 anos.
Paramos hoje para garantir a abertura futura. Falta carreira, servidor e orçamento. Sobra trabalho, que realizamos sem condições adequadas. Durante duas décadas, acordos foram assinados, mas não cumpridos pelo Governo Federal. Permanecemos sem uma carreira justa e condizente com o grau de complexidade de nossas atribuições funcionais e com a importância das atividades de manutenção das políticas públicas de Cultura, fundamentais para o acesso universal aos direitos culturais da sociedade brasileira, alegou Isabela Verleun, responsável pelo Núcleo de Relações Institucionais do Museu Imperial.
Duração
A partir desta quinta-feira (25), o ponto turístico será aberto normalmente para visitação. No entanto, alguns trabalhadores seguirão para outros museus do país para apoiar a causa. A duração foi de apenas 24h, mas se as reivindicações não forem atendidas, há possibilidade de uma nova greve, afirma Isabela.
Visitação
Dezenas de pessoas procuraram o ponto turístico e o encontraram fechado. Como de costume, todas às quartas-feiras, o Museu oferece visitação gratuita ao Palácio para todos os visitantes.
Vim de Rio das Ostras com minha esposa, pois ela ainda não conhece o Museu, e nos deparamos com ele fechado. No entanto, sou a favor da greve que tem o objetivo de lutar pela valorização dos funcionários. Para mim, é um motivo justo. Como a paralisação dura apenas um dia, nesta quinta-feira estaremos de volta para aproveitarmos o ponto turístico, conta o professor, Márcio José.
Para que os turistas que vêm em caravana não perdessem a viagem, os guias de turismo foram avisados do fechamento, com antecedência. Sendo assim, criaram outros roteiros alternativos para os visitantes.
Posicionamento
O Diário questionou o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) se há previsão de novas negociações, mas não foi respondido até o fechamento da edição.
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