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NovAmosanta se manifesta contra licença para o corte de quase 100 árvores em Itaipava

O responsável se comprometeu a plantar 521 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, diz PMP

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Mariana Machado estagiária

A NovAmosanta se manifestou contra a licença dada pela Prefeitura de Petrópolis para o corte de quase 100 árvores  na metade  do terreno ao lado do supermercado Pão de Açúcar, na Estrada União-Indústria, em Itaipava. A PMP afirma, entretanto, que será plantada uma quantidade de espécies nativas da Mata Atlântica cinco vezes maior do que a vegetação a ser suprimida.

Para o presidente da NovAmosanta, Carlos Eduardo Pereira, “hoje a Mata Atlântica tem fragmentos espalhados pelo estado, e não se admite que esse número de árvores seja simplesmente cortado, mesmo que venha a ser substituído, pois já há árvores ali de porte médio, sendo assim jamais serão recompostas. Mesmo que plantem mudas em qualquer outro lugar, ou não vingarão ou não terão o cuidado necessário e elas acabarão morrendo. A única coisa que vai acontecer é que Itaipava vai perder metade de uma área verde muito importante", lamenta.

“É claro que nós não somos contrários ao progresso, a gente lamenta e está protestando pois queremos que a comunidade saiba disso. Acho que deveriam ter feito pelo menos uma consulta pública para explicar previamente esse projeto para a sociedade civil em Itaipava, isso não foi feito e já vínhamos alertando para um prejuízo irreversível”, completa o presidente.

A Prefeitura informa que autorização para a remoção de árvores seguiu todos os trâmites legais, com pareceres favoráveis do ICMBio e dos técnicos da Secretaria de Meio Ambiente.

Ao todo, foi autorizada a supressão de 96 árvores, incluindo galhos grandes (fustes), que não correspondem a árvores distintas.

Ressalta ainda que a área não apresenta características de um fragmento florestal, tratando-se de um grupamento arbóreo isolado, em área amplamente antropizada.

Como compensação ambiental, o responsável se comprometeu a plantar 521 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, quantidade cinco vezes superior à vegetação a ser suprimida. “Todo o processo foi conduzido dentro da legalidade e com base em critérios técnicos, atendendo as normativas e parâmetros do zoneamento local”, afirma a PMP.

A NovAmosanta é uma entidade da sociedade civil, com mais de 20 anos em atuação nos distritos, cujo os focos principais são a preservação do meio ambiente, a mobilidade urbana e o crescimento sustentável. “Esse caso tem tudo a ver com a nossa razão de existir, de preservar o que nós temos de melhor, crescer de forma ordenada, não destruindo, porque com a destruição todos perderão. A Prefeitura perderá no longo prazo, nós perderemos no curto prazo e os empreendedores acabarão perdendo também”, conclui Carlos Eduardo Pereira.

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