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Número de casos reduz bastante, mas ainda é preciso ter cuidado com a dengue até no inverno

Cidade tem quase 7,5 mil casos registrados em 2024, de acordo com o Ministério da Saúde

Foto: Arquivo
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Rômulo Barroso - especial para o Diário

Petrópolis registra 7.449 casos prováveis de dengue em 2024, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Os números vêm caindo a cada semana depois que a cidade atingiu o pico, em meados de março, e estão chegando nos menores níveis desde o começo do ano. Os registros ainda podem sofrer ajustes, mas a quantidade de casos no início de maio já havia retornado ao patamar do início de janeiro (menos de 50).

Apesar disso e da chegada do inverno, quando a circulação do vírus da dengue reduz, é preciso manter os cuidados para evitar focos do mosquito transmissor da doença, Aedes aegypti.

"A gente já vem sentido uma diminuição da curva de casos da doença na cidade e a expectativa é diminua ainda mais, já que o vírus da dengue circula menos no inverno, quando há uma prevalência dos vírus respiratórios", afirma o secretário de Saúde, Ricardo Patuléa.

De acordo com ele, é nesse momento de arrefecimento do surto - que fez o município entrar em estado de emergência em saúde pública em fevereiro - que é preciso focar em planejamento de ações para enfrentar o próximo ciclo favorável ao mosquito, quando a época de calor retornar, e execução de ações educativas.

"A gente sabe que tudo é cíclico, ainda mais com as mudanças climáticas aceleradas. Hoje estamos em um momento mais tranquilo, mas logo depois volta o período de revisitação do mosquito. A gente vive de apagar incêndios em saúde pública, então precisamos aproveitar agora para mudar isso e reforçar que todos nós precisamos tomar consciência de não criar as condições favoráveis para o mosquito", afirma o secretário, reforçando que as ações para evitar água parada devem ser mantidas também durante o inverno.

Vacinação e ações educativas

O Ministério da Saúde selecionou Petrópolis para receber uma carga de 3,8 mil doses de vacina contra dengue, que serão aplicadas em adolescentes de 10 a 14 anos. Para Ricardo Patuléa, a vacinação também cumpre um papel importante no planejamento de enfrentamento do próximo ciclo da doença.

"Nossa expectativa é conseguir vacinar o grupo que ficou mais exposto ou que sofreu maior agravamento da doença, de acordo com as notificações feitas no município. Essas 3,8 mil doses serão importantes e a gente torce para que o Ministério da Saúde consiga aumentar o número de doses em todo país e envie mais parcelas para a cidade", coloca.

Patuléa afirma que uma segunda ação que será tomada dentro do planejamento prévio é a intensificação de atividades educativas, através de "visitas de agentes de endemias em locais nevrálgicos e com potencial de surgimento de focos do mosquito. E intensificar as ações em terminais de ônibus, em escolas, a divulgação na mídia, tanto das medidas preventivas quanto dos canais de denúncia sobre focos para Vigilância Ambiental. Nós precisamos fazer que as pessoas se entendam como parte da prevenção, porque se a gente corta as condições para o mosquito, a gente diminui a chance dos casos voltarem a subir".

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