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O Diário e sua magnífica trajetória no desdobrar do tempo

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Joaquim Eloy - professor e historiador

O Diário de Petrópolis passou por algumas fases, sob muitos diretores e editores, com início no ano de 1911, instalado à Avenida 15 de Novembro nº 964. Era gerente Joaquim C. de Paiva. Teve vida efêmera.

Em 14 de julho de 1929 o título ressurgiu, propriedade da Sociedade Gráfica Petropolitana, dirigida pelo dr. Antônio José Romão Júnior, eminente político atuante em Petrópolis. Seu Diário circulou até novembro de 1930, quando os rumos da política brasileira experimentaram uma reviravolta, diante da ação de Getúlio Vargas promovendo a deposição de Washington Luiz da presidência da República.

Interessante observar que o dr. Romão lançou seu jornal no dia comemorativo da Revolução Francesa, sob as luzes da liberdade, igualdade e fraternidade. Instalou a redação na avenida 15 de Novembro nº 635; continha 4 páginas, 7 colunas e o compromisso político com o P.R.F. (Partido Republicano Fluminense). Importante ressaltar que os dois Diários não são sequenciais.

No ano de 1954, o jornalista Antônio Carlos Noronha Portella, retomou a denominação do matutino, sem qualquer relação com os anteriores, instalando redação e oficinas na Rua Paulo Barbosa, tudo muito modesto e improvisado, crescendo de prestígio, respeitado, competindo com os matutinos Tribuna de Petrópolis e Jornal de Petrópolis e um valente Jornal do Povo, disputados nas muitas bancas de jornais instaladas nas ruas petropolitanas do Centro Histórico e nos cinco distritos.

Sem esmorecer, sem falhar, redação e oficinas se expandindo, passou à propriedade da família Carneiro Dias, que hoje mantém a publicação sob duas edições diárias: a impressa e a digital.

O Diário sempre privilegiou, em cada edição, o tema da defesa intransigente de Petrópolis. É gloriosa a vida do Diário, desde a assunção da família Carneiro Dias, porque o matutino manteve sempre aceso e vibrante o foco na defesa do Município e, de forma especial, o Centro Histórico, diante das sucessivas intervenções no redesenho das áreas nobres, nem sempre obedecendo ao precioso legado dos idealizadores e fundadores da Cidade de Pedro.

O Diário, por sua direção, redatores, articulistas colaboradores, defende os projetos de expansão, desenvolvimento, sob as características de nossa cidade, que possui invejável patrimônio cultural sedimentado em várias áreas.

Os tempos avançam com suas reformas, atualizações, comprometimento com a evolução científica e Petrópolis não pode parar, deve se atualizar, acompanhar o novo e necessário ao desenvolvimento sustentável, no atendimento às demandas e exigências de novos tempos.

Assim, o Diário de Petrópolis cria a edição digitalizada, porém, no foco de uma tradição que se reforma, heroicamente, mantém redação e oficinas girando os engenhos que se aposentam, para a impressão, em papel, do matutino. Isto, no contrapé com o leitor acostumado com a leitura e ainda pouco familiarizado com a tela brilhante e colorida vista nos monitores, que aplaude a manutenção da edição impressa, para continuar a apertar de encontro ao peito aquele amigo e aliado que difunde as notícias, o entretenimento, a cultura, a crítica, durante tantos séculos, desde a impressora de Guttenberg.

Discutir se um ou outro processo serve ao registro da história que avança, sem retorno, em toda a humanidade, pouco retira ou acrescenta porque a história é dinâmica, os acontecimentos são registrados, arquivados, pesquisados seja por que veículo for.

Verdade absoluta é que a imprensa tem mantido seu compromisso com a história e a resultante de sua atuação encontra-se nos arquivos e bibliotecas; o mesmo ocorre e ocorrerá com os avanços da informática. O nosso Diário de Petrópolis, desde sua fundação, cumpre com dignidade o seu compromisso com a divulgação dos fatos; tem-nos todos registradas em papel e, em arquivos digitalizados, a vida que segue. É o que importa!

No avanço vertiginoso que os novos tempos tem exigido, papeis e digitalizações estarão à disposição da pesquisa história e esse compromisso pode vir em minúsculos pen-drives ou apertados em pesados arquivos de aço ou de madeira-de-lei. Em todos os conteúdos da imprensa petropolitana, nosso querido Diário estará presente. O futuro agradece.

Um último questionamento surge: a cidade ainda absorve, como agente de comunicação, o jornal impresso?

A resposta é sim e complementando: até surgir um outro gosto e o comportamento da sociedade avançar para tempos tecnológicos mais apurados e cientificamente adequados ao prosseguimento da Humanidade.

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