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segunda-feira, 25 de março de 2024


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Observatório Civil de Petrópolis

Mauro Peralta é médico e está vereador

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No Brasil, assim como em muitos países subdesenvolvidos, o desperdício de dinheiro público é uma triste realidade. Projetos são iniciados por um governo e abandonados pelo próximo, enquanto o tempo se encarrega de destruir o que foi construído. Petrópolis não é exceção a essa má administração. No sul do Brasil, cidadãos cansados do desperdício dos impostos que pagam involuntariamente, decidiram agir. Surgiram entidades com a missão de fiscalizar prefeitos, vereadores, empresas e universidades públicas. Esse movimento começou em Maringá e se espalhou por cidades como Joinville, que hoje desfruta de uma gestão muito mais eficiente. No Brasil, já existem 135 entidades semelhantes em atividade.

No dia 16 de março, aniversário de Petrópolis, na sede da Usimed, na Rua Nilo Peçanha, tive o privilégio de participar do lançamento oficial do Observatório Petropolitano. Essa iniciativa hercúlea teve início há anos, liderada pelo francês mais petropolitano que já existiu, Sr. Philippe Guedon, que, se estivesse vivo, certamente estaria comemorando e assinando como o primeiro membro. Um grupo de petropolitanos de direita assumiu o compromisso de melhorar a gestão e o uso do dinheiro público em nossa cidade. Liderados pelo meu amigo Pastor Alexandre Rangel, juntamente com Lucia, Professor Alencar, Felipe da Hora, Marcio, Sergio Servolo, Drs. Prisco e Rogerio Guimaraes, e muitos outros, incluindo eu.

A missão do Observatório é despertar o espírito de fiscalização na sociedade, capacitando-a e fornecendo as ferramentas necessárias para exercer o controle social, visando à justiça e eficiência na gestão pública. Integraremos a rede nacional como a 136ª entidade instalada. Entre nossas funções estão capacitar e mobilizar cidadãos em causas de cidadania, promover educação, incentivar a participação de micro e pequenas empresas nos processos de compra do setor público, organizar eventos e esclarecer a população sobre a importância do controle social.

O grupo fundador já se reúne há algum tempo, pautando-se em valores de direita, contrários ao aborto, favoráveis à liberdade de expressão, ao liberalismo econômico e contra qualquer forma de ditadura. Se já estivéssemos organizados, seria difícil para a prefeitura aprovar na Câmara de Vereadores a criação das três novas secretarias. A diretoria da CPTrans e da Comdep, por exemplo, estaria sob escrutínio devido à má gestão dos ônibus, aos gastos excessivos e a falta de fiscalização na coleta de lixo. Na Secretaria de Meio Ambiente, questionaríamos o projeto faraônico de um pavilhão de mais de 11 milhões de reais no Parque Natural da Rua Ipiranga. Além disso, questionaríamos a contratação de funcionários sem concurso na saúde e educação, bem como o grande aumento de gastos no Hospital Alcides Carneiro e nas UPAs, que não serviram para diminuir as filas de internação, nem para simples exames como colonoscopia e endoscopia, ou até mesmo consultas de endocrinologia.

Embora tenhamos um trabalho árduo pela frente, os resultados serão benéficos para todos. Nosso estatuto impede que vereadores e políticos ocupem cargos de direção, demonstrando nosso compromisso com a imparcialidade. Eu participarei como ouvinte e aluno atento, aprendendo que o dinheiro público não deve ser desperdiçado, pois é fruto do trabalho de todos nós. Parabéns a Petrópolis pelo novo Observatório Civil. Encorajo a todos a participarem, e meu gabinete está à disposição para orientar como proceder.

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