Descubra os sintomas e veja como agir se houver suspeita da doença
Bruna Nazareth - especial para o Diário
Nessa quarta-feira (14) a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que a situação da mpox, uma doença zoonótica viral, no continente africano representa uma emergência de saúde pública de importância internacional, devido ao risco de disseminação global e ao potencial de uma nova pandemia. Os surtos da doença vêm sendo reportados na República Democrática do Congo por mais de uma década, com um aumento nas infecções ao longo dos últimos anos.
Atualmente, há duas vacinas disponíveis contra a mpox, ambas recomendadas pelo Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização da OMS (SAGE). Contudo, é essencial que a população esteja ciente dos sintomas, riscos e as formas de transmissão.
Sinais e Sintomas
De acordo com o Ministério da Saúde, os sinais e sintomas que devem ficar atentos são:
- Febre
- Calafrio
- Fraqueza
- Dores no corpo
- Dor de cabeça
- Erupção cutânea: tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, olhos, órgãos genitais e no ânus.
- Lesões de pele: podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, que secam e caem.
- Adenomegalia - Linfonodos inchados (ínguas)
O período de incubação da mpox, ou seja, o tempo entre o primeiro contato com o vírus e o início dos sinais e sintomas, varia tipicamente de 3 a 16 dias, podendo chegar a 21 dias. Após o aparecimento de sintomas como erupções na pele, que geralmente surgem dentro de um a três dias após o início da febre, mas que em alguns casos surgem antes, a pessoa infectada deixa de transmitir o vírus a outras pessoas quando as crostas das erupções desaparecem.
Vale destacar que, em algumas situações, especialmente entre pessoas imunocomprometidas, crianças e gestantes, os sinais e sintomas podem evoluir para complicações graves e, em alguns casos, até levar ao óbito.
Como funciona a infecção e transmissão?
A infecção pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.
Já a transmissão, ocorre principalmente através do contato direto com erupções cutâneas, lesões na pele e fluidos corporais, como pus ou sangue das lesões de uma pessoa infectada. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem conter o vírus, permitindo a transmissão através da saliva.
Uma pessoa pode espalhar a doença desde o início dos sintomas até que as erupções cutâneas estejam completamente cicatrizadas e uma nova camada de pele tenha se formado.
Prevenção
Recomenda-se evitar o contato direto com pessoas suspeitas ou confirmadas de estarem com a doença. No entanto, se o contato for necessário, como no caso de cuidadores, profissionais de saúde, familiares próximos e parceiros, é importante utilizar luvas, máscaras, avental e óculos de proteção.
Por outro lado, pessoas com suspeita ou confirmação da doença devem cumprir isolamento imediato e evitar compartilhar objetos e itens de uso pessoal, como toalhas, roupas, lençóis, escovas de dente e talheres, até que o período de transmissão termine.
Além disso, é essencial lavar as mãos regularmente com água e sabão ou usar álcool em gel, especialmente após o contato com a pessoa infectada. Roupas, lençóis, toalhas e outros itens devem ser lavados com água morna e detergente. Todas as superfícies que possam ter entrado em contato com erupções, lesões na pele ou secreções respiratórias devem ser desinfetadas, e os resíduos contaminados (como curativos) devem ser descartados de maneira adequada.
É importante destacar que, se você apresentar sintomas compatíveis com a mpox, procure se isolar e evitar contato próximo com outras pessoas. E busque imediatamente uma unidade de saúde para avaliação e informe se teve contato próximo com alguém sob suspeita ou confirmação da doença.
*Com informações do Ministério da Saúde e Agência Brasil
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