Fiscalização teve como objetivo combater comércio ilegal em ponto movimentado da Zona Sul
A Operação Evali, deflagrada na quinta-feira (21) pela Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (SEDCON), pelo Procon-RJ e pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, resultou na apreensão de mais de 100 cigarros eletrônicos (vapes) e de diversos frascos de essências utilizadas nos dispositivos, que eram vendidos ilegalmente em um ponto bastante movimentado do bairro do Leblon, na Zona Sul do Rio. Outro alvo da ação eram os estimulantes sexuais, que não foram encontrados no local. O material apreendido será encaminhado à Receita Federal.
A fiscalização foi motivada por denúncias recebidas pela secretaria, que acionou o setor de inteligência para monitorar os alvos.
A comercialização de cigarros eletrônicos é proibida no Brasil desde 2009, por determinação da Anvisa. Ainda assim, os produtos são facilmente encontrados em comércios físicos e online, especialmente em versões com embalagens coloridas e sabores frutados, o que atrai jovens e amplia o consumo.
O uso de vapes representa sérios riscos à saúde cardiovascular, pulmonar e bucal, além de apresentar alto potencial viciante. Estudos apontam que, mesmo sem nicotina, os dispositivos liberam substâncias tóxicas que irritam o sistema respiratório, alteram a produção de saliva e podem favorecer o desenvolvimento de doenças periodontais. Há ainda evidências de danos ao DNA, que podem contribuir para o surgimento de câncer.
O Secretário de Estado de Defesa do Consumidor, Gutemberg Fonseca, destacou a importância das denúncias feitas pela população e da atuação permanente dos órgãos de fiscalização.
- A venda ilegal de cigarros eletrônicos e de produtos que colocam em risco a saúde precisa ser combatida com firmeza. As denúncias são fundamentais para que possamos localizar esses pontos e proteger a população, principalmente os jovens, de práticas abusivas e nocivas. Esta foi somente a 1ª fase da Operação Evali. Outros locais e alvos já estão sendo monitorados pela nossa inteligência -, afirma Fonseca.
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