Policiais civis da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) prenderam um homem, nesta sexta-feira (19/09), acusado de ser um dos maiores receptadores de peças de veículos roubados da Baixada Fluminense. O criminoso foi localizado e capturado em Nova Iguaçu, após levantamento de dados de inteligência e monitoramento.
Segundo as investigações, o receptador integra uma organização criminosa voltada para a prática de roubo de veículo, receptação e comércio ilegal de peças veiculares. Conforme pesquisas realizadas no banco de dados da Polícia Civil, ele possui inúmeras anotações, já tendo sido, inclusive, condenado por vários delitos.
Em setembro de 2019, após denúncia de um suposto local de guarda e desmanche de veículos, o bandido, juntamente com outros dois comparsas, foi flagrado realizando o desmonte de veículos em um terreno localizado em Engenheiro Pedreira, em Japeri, na Baixada. No local, que aparentava ser um ferro velho, foram encontrados diversos veículos produto de furto ou roubo, ferramentas para o desmantelamento dos automóveis, além de uma arma de fogo com numeração raspada e sem registro. Na ocasião, ele foi preso em flagrante e permaneceu custodiado durante toda a instrução probatória, mas foi beneficiado com o direito de recorrer em liberdade e, mesmo após o trânsito em julgado da sentença condenatória, não se apresentou para iniciar o cumprimento da pena, fixada em regime inicial fechado, encontrando-se foragido desde então.
Nesta sexta, durante o cerco policial, o bandido estava em um carro e não obedeceu a ordem de parada da equipe, sendo necessário interceptar o veículo em meio ao trânsito. Ele recebeu voz de prisão e foi conduzido à sede da DRCI, onde foi cumprido contra ele um mandado de prisão condenatório.
A ação faz parte da segunda fase da “Operação Torniquete”, que tem como objetivo reprimir roubo, furto e receptação de cargas e de veículos, delitos que financiam as atividades das facções criminosas, suas disputas territoriais e ainda garantem pagamentos a familiares de faccionados, estejam eles detidos ou em liberdade. Desde setembro de 2024, já são mais de 620 presos, além de cargas e veículos recuperados, avaliados em mais de R$ 41 milhões. As ações são contínuas e já ultrapassam R$ 70 milhões em bloqueio de bens e valores.
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