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quarta-feira, 22 de janeiro de 2025


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Os 60 anos do Quarto Centenário do Rio

Mauro Magalhães - Ex-deputado e empresário

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

Na última segunda-feira,  20 de janeiro,  Dia de São Sebastião - Padroeiro do Rio -, eu me lembrei que neste 2025  ( quem tinha mais de 8 anos de idade,  pelo menos,  poderá recordar)  das comemorações pelo IV Centenário do Rio de Janeiro, em 1965.

No dia Primeiro de Março deste ano,  o Rio de Janeiro vai celebrar seus 460 anos.

A cidade, que já foi a capital do Brasil e a capital do Império Português,  foi fundada em Primeiro de Março de 1565, por Estácio de Sá,  em uma época de muitas disputas entre os governos da França e de Portugal, pela região que tem como uma de suas grandes atrações,  a Baía de Guanabara.

Amigo e líder do ex-governador, Carlos Lacerda ( Lacerda era o governador do antigo Estado da Guanabara,  em 1965), na Assembleia Legislativa,  participei com muita paixão das comemorações pelo IV Centenário do Rio de Janeiro.

A festa começou no dia primeiro de janeiro, com chuva de papel picado sobre a cidade carioca ( por aviões da Força Aérea Brasileira ), a inauguração de novo sistema de iluminação do Cristo Redentor , partidas de futebol, no Maracanã e o célebre concurso para escolher a Rainha do IV Centenário, no Maracanãzinho.

Na noite do dia primeiro de janeiro de 1965, o Papa Paulo VI ( 1897-1978) estava no Vaticano e, de lá,  acionou o novo sistema de iluminação do Cristo Redentor de São Sebastião do Rio de Janeiro.

O querido amigo e grande compositor, João Roberto Kelly,  lançou,  também, em janeiro de 1965, o Rancho do Rio,  em homenagem ao Quarto Centenário da cidade.

Em um trecho, o Rancho do Rio diz " Foi Estácio de Sá quem fundou e São Sebastião abençoou.  Rio é quatrocentão. Mas, é um broto em meu coração ".

Lacerda deu tanta importância às comemorações do IV Centenário do Rio de Janeiro que criou a Superintendência do IV Centenário para organizar, realizar e lançar eventos oficiais de importância.

Naquela época,  havia o Banco do Estado da Guanabara,  que, depois,  se transformou em Banerj,  e , há alguns anos,  foi extinto.

Guardo,  até hoje,  um dos desenhos originais do símbolo geométrico criado para marcar o IV Centenário, com a assinatura do grande designer Aloisio Sergio Barbosa Magalhães.

No ano do IV Centenário do Rio de Janeiro, as escolas de samba escolheram o tema para seus desfiles. E, alguns personagens de destaque,  como Estácio de Sá e os ex-prefeitos, Francisco Pereira Passos,  André Gustavo Paulo de Frontin,  entre outros,  foram destaques nos sambas-enredos e,  ainda , em livros,  exposições, etc.

Outra grande lembrança dos festejos do IV Centenário do Rio de Janeiro foi o Concurso de Miss Centenário do Rio de Janeiro.

Solange Dutra Noveli,  do Botafogo,  foi coroadas a Rainha do IV Centenário do Rio de Janeiro.

Gilda Caselho, que concorreu pelo meu clube eterno,  Vila Isabel, ficou em segundo lugar. E, em terceiro lugar, Clea Carvalho,  do Irajá .

O concurso, no Maracanãzinho,  foi um acontecimento. Teve a presença de quase 15 mil pessoas.

Participaram do Júri que escolheu Solange Dutra Noveli,  as lindas misses Martha Rocha e Adalgisa Colombo,  eleitas,  respectivamente, em 1954 e 1958, nos concursos de Miss Brasil,  Oscar Bloch, da Revista Manchete,  a inesquecível atriz,  Maria Fernanda,  Lea Maria, de O Globo, o escultor Mateus Fernandes,  entre outros convidados.

As participantes do Concurso usaram trajes de banho com o desenho da calçada de Copacabana.

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