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Paciente cadeirante fica sem transporte público de saúde e interrompe tratamento

Foto: Divulgação
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A interrupção repentina no serviço de transporte oferecido pela Prefeitura de Petrópolis a pacientes em tratamento médico vem comprometendo a vida de Ingrid Ventura Canevale, de 35 anos, moradora do bairro do Boa Vista em Cascatinha. Cadeirante desde 2012, após sofrer um acidente automobilístico que lhe causou traumatismo craniano e deixou como sequela a ataxia distúrbio neurológico que afeta a coordenação motora , Ingrid depende de sessões frequentes de fisioterapia e equoterapia para evitar a regressão de seu quadro clínico.

O tratamento, oferecido de forma gratuita, vinha sendo garantido por meio do transporte especializado disponibilizado pelo município. Entretanto, desde o dia 29 de julho, o serviço foi interrompido sem qualquer aviso prévio. “Do nada, esse transporte foi suspenso e eu estou desde o dia 29 de julho sem conseguir me deslocar. Eu não tenho condições de pagar fisioterapia todos os dias e nem acessibilidade para sair de casa sozinha. Esse tratamento é muito importante, não é um hobby, é uma necessidade”, relatou a paciente.

A ataxia exige exercícios repetitivos e acompanhamento constante para que a paciente mantenha ganhos motores e evite retrocessos. A falta de continuidade já trouxe prejuízos à saúde de Ingrid. “Infelizmente já aconteceu: houve uma piora, mesmo que pequena. Quanto mais eu faço, mais eu melhoro, mas eu não estou tendo como manter a sequência das terapias”, disse.

Sem transporte, Ingrid encontra-se há quase dois meses impossibilitada de comparecer às sessões. O cenário, segundo ela, compromete sua autonomia e agrava a vulnerabilidade. “A continuidade do tratamento é fundamental. Eu dependo disso para preservar minha independência. A cada dia que passa, sem acompanhamento, eu sinto a diferença.”.

Desde a suspensão do serviço, Ingrid relata ter feito inúmeros contatos com a Secretaria de Saúde e até mesmo recebido apoio de uma vereadora da cidade, sem sucesso. “Eu ligo, e a resposta é sempre a mesma: que a Prefeitura já contratou uma nova empresa, mas que é preciso recadastrar os pacientes. Isso já faz mais de um mês e nada foi resolvido. Eu estou sem saber o que fazer. Parece que estamos implorando por algo que é nosso direito”, desabafou.

A Prefeitura informou que “A paciente era atendida pelo carro de uma empresa terceirizada que prestava serviço à Secretaria Municipal de Saúde e decidiu encerrar o contrato. A Secretaria agora está firmando um contrato emergencial com uma nova empresa para retornar com o transporte o mais rápido possível”.

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