Mauro Peralta - médico e ex-vereador
Segundo o dicionário, a palavra pacificação, de origem grega, significa paz, quietação e sossego. É exatamente isso que a grande maioria da população brasileira almeja: viver em ordem, com segurança, saúde, educação de qualidade, oportunidades de trabalho e liberdade para empreender. Mas o que presenciamos é o contrário. A radicalização política tomou conta do debate nacional. Invasões de propriedades privadas, a imposição da chamada “cultura woke” às crianças e a censura a opositores não expressam o desejo da maioria dos brasileiros, e sim alimentam os extremos que lucram com a polarização.
A rivalidade permanente interessa apenas a esses extremos. Alimentar um clima de guerra impede que surjam alternativas realmente capazes de conduzir o Brasil a deixar de ser eternamente o país do futuro e finalmente se tornar uma nação próspera e respeitada.
Em diversos países, temos testemunhado a violência motivada pela política, quase sempre partindo da extrema-esquerda. Há poucos dias, o ativista conservador Charlie Kirk foi brutalmente assassinado com um tiro no pescoço enquanto palestrava em uma universidade em Utah, nos Estados Unidos. O criminoso, militante da extrema-esquerda, sequer sabia o significado de fascismo, mas usava o termo para desumanizar seus opositores e justificar o homicídio.
Esse não é um episódio isolado. Em 2018, Jair Bolsonaro levou uma facada de um ex-filiado do PSOL, partido de extrema-esquerda que advoga por uma ditadura do proletariado. No mês passado, o senador colombiano e pré-candidato à presidência Miguel Uribe foi morto a tiros. No ano passado, na Pensilvânia, Donald Trump foi atingido por um disparo na orelha durante a campanha presidencial e só não perdeu a vida por um movimento de cabeça feito no último segundo. A escalada de ódio político é real e precisa ser contida.
Urge que o irenismo, a verdadeira busca pela conciliação, volte a florescer. O Brasil é majoritariamente cristão, e nossa fé nos chama a perdoar, dialogar e construir a paz. Precisamos de uma anistia ampla e irrestrita, como a de 1979, quando tanto os guerrilheiros assassinos, sequestradores de embaixadores e assaltantes de bancos, quanto os militares acusados de tortura foram perdoados. Hoje, porém, é o brasileiro trabalhador quem arca com a conta, pagando bilhões de reais em indenizações através de seus impostos.
Está nas mãos da maioria silenciosa, hoje presente nas igrejas e na tranquilidade dos lares, exigir do parlamento a pacificação nacional. Se não agirmos, corremos o risco de repetir a tragédia da Venezuela, marcada pela migração em massa e pela fuga dos que produzem. Enquanto ainda não vivemos sob censura total, temos as redes sociais para pressionar por mudanças. Devemos usá-las com coerência e firmeza, sem cair em agressões que apenas fortalecem a narrativa dos radicais.
O Brasil precisa de pacificação. Sem ela, a divisão nos condenará ao atraso e à violência. Com ela, abriremos o caminho para um futuro de paz, prosperidade e liberdade. E nunca nos esqueçamos: Deus não nos abandona. Cabe a nós agir com coragem e fé.
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