Parque Nacional da Serra dos Órgãos: uma joia natural em ascensão no ecoturismo brasileiro
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos, joia do estado do Rio de Janeiro, emerge como um dos destinos mais promissores do ecoturismo brasileiro. O parque conquistou a décima posição no ranking nacional entre os mais procurados em 2023, com um total de 208.974 visitantes, segundo dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), levantamento que acaba de ser divulgado. O ano de 2023 marcou um pico de visitação dos parques nacionais brasileiros, com um registro histórico de 11,8 milhões de pessoas, 15% a mais que o total de 2022. Para o Petrópolis Convention & Visitors Bureau, os números do Parnaso mostram o potencial da cidade no ecoturismo sustentável e apontam que deve haver mais investimentos para atrair visitantes a demais áreas em meio à natureza como os parques municipais e espaços da APA Petrópolis. O montanhismo é Patrimônio Cultural Imaterial de Petrópolis.
Esse número significativo na visitação reflete o crescente interesse dos viajantes em experiências que promovem o contato direto com a natureza. O Parnaso é o maior cartão postal da cidade no exterior para os turistas de aventura pelas suas vistas panorâmicas deslumbrantes, trilhas desafiadoras e uma rica diversidade de flora e fauna. Outros espaços devem ter mais visibilidade em divulgação para atrair esse turista que quer interagir com o meio ambiente, mas de forma preservacionista, considera o presidente do Petrópolis Convention, Samir el Ghaoui.
Os dados do ICMBio confirmam a pesquisa Tendências de Turismo 2024, realizada pelo Ministério do Turismo. O estudo coloca o turismo de natureza/ecoturismo como a segunda principal motivação do viajante brasileiro, com 27% da preferência dos entrevistados, atrás apenas do turismo de sol e praia, o favorito de 59% dos consultados.
O Petrópolis Convention & Visitors Bureau, que congrega empresas dos setores de hotelaria, gastronomia e prestadores de serviço, está participando do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Condema) para acompanhar e propor ações públicas de proteção, incluindo a APA-Petrópolis e o Parnaso.
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos tem se destacado não apenas como um destino turístico de beleza natural incomparável, mas também como um exemplo de conservação e preservação ambiental. Sua gestão eficiente e programas de educação ambiental contribuem para a conscientização sobre a importância da proteção dos recursos naturais e para a promoção do turismo sustentável na região. É um exemplo para a cidade e para o país, afirma Samir el Ghaoui.
Todas as informações sobre história, sede e funcionamento pode ser acessadas no site do Parnaso.
Parnaso: 85 anos de criação em proteção à Mata Atlântica
Localizado em uma região de grande importância ambiental, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos oferece aos visitantes a oportunidade única de explorar uma das áreas protegidas mais emblemáticas do país. Com uma área de aproximadamente 20 mil hectares, o parque abriga uma variedade impressionante de ecossistemas, que vão desde florestas exuberantes, com inúmeras quedas dágua, até picos rochosos imponentes, uma biodiversidade única, que inclui espécies raras de plantas e animais. Criado em 30 de novembro de 1939, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos abrange os municípios de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim. O Parnaso é o terceiro Parque Nacional mais antigo do país. Apenas Parna Itatiaia (1937) e Parna Iguaçu (1939) o antecederam.
É um dos melhores locais do país para a prática de esportes de montanha, como escalada, caminhada, rapel e outros; além de ter fantásticas cachoeiras. O Parque tem a maior rede de trilhas do Brasil. São mais de 200 quilômetros de trilhas em todos os níveis de dificuldade: desde a trilha suspensa, acessível até a cadeirantes, até a pesada Travessia Petrópolis-Teresópolis, com 30 Km de subidas e descidas pela parte alta das montanhas. O Parque, que tem sedes, além de Petrópolis, em Teresópolis e Guapimirm, O abriga mais de 2.800 espécies de plantas catalogadas pela ciência, 462 espécies de aves, 105 de mamíferos, 103 de anfíbios e 83 de répteis, incluindo 130 animais ameaçados de extinção e muitas espécies endêmicas (que só ocorrem neste local).
Veja também: