Empresa alega que aluga o transbordo para atual responsável pela coleta de lixo, mas já tem dívidas de mais de R$ 600 mil
Rômulo Barroso - especial para o Diário
A PDCA Serviços informou nessa terça-feira (18) que pode interromper o recebimento de lixo no transbordo que fica no km 79 da BR-040 por causa de dívidas acumuladas pela atual responsável pela coleta em toda cidade. De acordo com a PDCA, a AMI3 deve mais de R$ 600 mil pelo aluguel do espaço, dívida acumulada por falta de pagamentos nos últimos três meses.
Segundo a PDCA, em julho do ano passado, a empresa tentou renegociar os valores para uso do transbordo, mas a proposta feita pela prefeitura foi recusada. Na época, em meio ao imbróglio da licitação de lixo, a PDCA recebia R$ 59,03 por tonelada de lixo transportada pelo local. Com a recusa, foi feita uma contratação emergencial, renovada em janeiro. A PDCA diz que o valor pago hoje para a AMI3 é quase o triplo (cerca de R$ 172). A PDCA aluga o espaço do transbordo para a AMI3, que leva cerca de 300 toneladas de lixo por dia para o local - de lá, o lixo é colocado diretamente em carretas que fazem o transporte do lixo para o aterro de Três Rios.
O endereço pertence à PDCA, que fez obras para adequar o local e fazer a recuperação ambiental do terreno. De 1999 até 2020, o lixo era jogado no chão e só depois nas carretas, o que acarretada em chorume derramado no solo e que poderia contaminar o lençol freático. Tanto que um Termo de Ajustamento de Conduta firmado pelo MP com a prefeitura determinou a realização de obras para mudar esse cenário. Hoje, o espaço é operado pela empresa, que alega que não irá mais receber caso não haja regularização das pendências.
É preciso para o meu prejuízo, porque eu estou operando sem receber. E essa é uma relação de consumo. Se alguém deixa de pagar a conta de luz, a energia vai ser cortada. Então é o mesmo caso aqui. Sem pagamento, eu não vou manter o transbordo recebendo lixo, afirmou o diretor da PDCA, Jefferson Barreiros.
Segundo ele, a AMI3 e a Comdep já foram procurados para tentar regularizar a situação, mas não teve sucesso até agora. Por isso, deu um prazo até a noite desta quinta-feira para que haja uma solução. u tenho custos de salários e de manutenção das licenças. Não tenho como manter operação sem receber, disse Barreiros.
Questionada, a Prefeitura não respondeu até o fechamento desta edição.
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