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Período de estiagem do ano passado em Petrópolis registrou 237 incêndios florestais

Fogo em vegetação é bem menos frequente em áreas protegidas, como parques, reservas e APAs

Foto: Divulgação
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Mariana Machado estagiária

A estiagem é caracterizada pela redução significativa ou ausência de chuvas em uma determinada região por um período prolongado. No período de estiagem, de junho a setembro, mais de 200 incêndios florestais foram registrados em Petrópolis, de acordo com o Plano de Contingência - inverno 2025, feito pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil. Essa situação de estiagem leva à diminuição da umidade do solo, redução dos níveis de rios e reservatórios, e afeta diretamente o abastecimento de água, a agricultura e a biodiversidade local.

Em 2024, o período de estiagem somou 237 eventos de fogo em vegetação no município, sendo setembro o mês que mais registrou ocorrências, com 89. O ano de 2020 registrou exatamente o mesmo número de incêndios florestais, com também o mês de setembro liderando nas ocorrências, com 103.

Entretanto, após 2020 os incêndios florestais haviam apresentado uma queda, com 143 em 2021, 152 no ano seguinte, e 83 ocorrências em 2023, uma diferença significativa para 2024, que apresentou também dificuldades nos níveis dos mananciais e falta de água em algumas localidades.

As áreas consideradas de maior risco pelo plano, devido ao grande número de ocorrências de fogo em vegetação, são: Vale das Videiras, Secretário, Carangola/Quinta do Lago, Caxambu/Itamarati, Corrêas/Bairro da Glória, Nogueira, Jacó/Fazenda Santo Antônio, Taquaril e Brejal.

Além disso, o Plano de Contingência ressalta que o número de eventos anuais de fogo em vegetação em áreas não protegidas (terrenos baldios, vegetação em geral, etc) é significativamente maior quando comparado ao das áreas protegidas (parques, reservas, APAs, etc). Em 2024, houve 311 incêndios florestais em áreas não protegidas, enquanto nas protegidas foram 03.

A estiagem pode ocorrer em decorrência da deficiência de precipitação, da evapotranspiração excessiva, ou da combinação de ambos, afetando diferentes áreas e períodos. Essa condição tende a se agravar quando associada a falhas nos sistemas de distribuição, planejamento e gestão dos recursos hídricos.

Causas de incêndio em vegetação

Diversos fatores contribuem para a ocorrência e propagação de incêndios em áreas de vegetação no município, sendo eles:

Fatores Antrópicos: As principais causas de origem humana incluem a soltura de balões, especialmente durante festividades juninas e feriados, a queima irregular de resíduos em terrenos baldios, o uso inadequado do fogo em acampamentos e atividades de lazer, fagulhas originadas por maquinário ou pontas de cigarro, além de práticas de “limpeza” de terrenos com uso de fogo.

Fatores Climáticos: Durante o período de estiagem, são observados baixos índices pluviométricos e baixos valores de umidade relativa do ar, condições que aumentam significativamente a probabilidade de ignição da vegetação e dificultam o controle de focos de incêndio.

Fatores Topográficos: A configuração do relevo influencia diretamente o comportamento do fogo. A exposição solar, o tipo de vegetação presente e a umidade relativa do ar variam conforme a orientação e a inclinação do terreno.

Tipo de Combustível: O material combustível nos incêndios florestais é predominantemente a vegetação, compreendendo qualquer material orgânico presente sobre ou abaixo da superfície do solo com potencial de ignição.

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