Supercomputador Santos Dumont é operado pelo LNCC e é também um dos mais sustentáveis do continente
Roberto Jones - especial para o Diário
Quando se fala de Petrópolis, é comum pensar apenas nos pontos turísticos, sobretudo os voltados ao período imperial. Em certos momentos, é natural até pensar que a cidade "parou no tempo". Mas, pelo contrário, o município é um dos principais do Brasil quando o assunto é tecnologia, e abriga o supercomputador mais rápido da América Latina.
Operado pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, e vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o supercomputador Santos Dumont foi considerado, pelo 10° ano consecutivo, como o supercomputador acadêmico mais rápido da América Latina. O equipamento ainda se destacou na lista TOP500, que reúne os 500 supercomputadores mais potentes do mundo.
Segundo o diretor do LNCC, Fábio Borges de Oliveira, o Santos Dumont colabora com pesquisas de ponta nas áreas de saúde, inteligência artificial, mudanças climáticas, dentre outras. O aparelho ainda ajuda no desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil e do mundo. "Com grande impacto internacional, o trabalho do LNCC projeta Petrópolis, atrai parceiros estratégicos e impulsiona um ecossistema vibrante de ciência, tecnologia e inovação", comenta.
Supercomputador verde
O Supercomputador não entrega só potência, mas também se destaca pela sua eficiência energética. Isto porque, no ranking GREEN500, que avalia a eficiência dos sistemas de alto desempenho, divulgado em junho deste ano, o Santos Dumont conquistou a 52ª posição.
Dessa forma, o equipamento instalado em Petrópolis se consolidou como o supercomputador mais verde da América Latina, refletindo o compromisso nacional em inovar de maneira responsável, alinhado aos desafios ambientais globais.
Capital Estadual da Tecnologia
O papel do Supercomputador Santos Dumont é tão grande que, aliado ao trabalho do Serratec, da Faeterj, da UFF e de outras instituições voltadas à tecnologia, colaborou para que Petrópolis ganhasse o título de Capital Tecnológica do estado do Rio de Janeiro, em março.
Um mês antes, ao visitar o LNCC e o Supercomputador, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ressaltou a importância do equipamento e afirmou que este é o primeiro passo para que a cidade se torne a Capital Nacional da Inteligência Artificial no futuro.
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