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Petrópolis com clima de deserto: cidade registra 9% de umidade

Defesa Civil emitiu alerta de que a umidade deve se manter baixa até sábado (14)

Foto: Pixabay
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Rômulo Barroso - especial para o Diário

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que a estação meteorológica do Pico do Couto, que fica no Rocio, registrou 9% de umidade relativa do ar às 21h da última segunda-feira (09/09). Este valor é o mais baixo neste mês de setembro e o segundo até aqui no inverno deste ano - só atrás dos 8% do dia 30 de agosto. É uma secura de deserto: o Saara, que fica no norte da África, geralmente tem umidade de, no máximo, 20%.

Ainda segundo o Inmet, Petrópolis teve a umidade mais baixa do estado por cinco dias seguidos, entre quinta (05) e segunda. E essa situação de secura vai se manter nos próximos dias. A Defesa Civil municipal emitiu um aviso na tarde dessa terça (10) alertando para possibilidade de umidade abaixo de 30% até o sábado (14).

A secura tem sido uma realidade em quase todo país. Bloqueios atmosféricos vêm impedindo o avanço de frentes frias e a ocorrência de chuvas. Essa situação não era inesperada, tanto que o Inmet chegou a destacar no início do mês que "a redução das chuvas em grande parte do país nesta época do ano é devido à persistência de massas de ar seco que ocasiona a diminuição da umidade relativa do ar e, consequentemente, favorece o aumento da incidência de queimadas, além do aumento de doenças respiratórias". E realmente tem sido bastante severo: para se ter ideia, a última chuva um pouco mais forte foi registrada na cidade no dia 26 agosto; neste mês, nenhuma gota. Vale dizer que a média histórica de chuva para setembro é de 91 mm, de acordo com o Climatempo.

Associado a isso, o forte calor. Ao longo da semana, o Climatempo aponta que os termômetros vão ficar próximos dos 30 ºC. Nesta quarta, a previsão é que as temperaturas variem entre 17 ºC e 28 ºC.

Efeitos para a saúde

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica que o índice adequado para as pessoas é acima de 60%. Quando a umidade fica entre 50% e 30%, a entidade coloca como estágio de "vigilância". De 30% a 20%, é nível de atenção. As localidades com umidade de 20% a 12% entram em estado de "alerta" e abaixo de 12%, "alerta máximo".

Quanto mais baixa a umidade, maior a incidência de doenças respiratórias, problemas de pele, nos olhos e sangramento nasal. A Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) destaca algumas orientações para esses
momentos, como: aumentar a hidratação, ingerindo mais água, suco natural e água de coco; fazer refeições leves com muitas frutas e legumes; evita atividades físicas nas horas mais quentes do dia; usar hidratantes para pele e lábios; usar soro fisiológico hidratação do nariz e dos olhos.

Risco de incêndios

Outra consequência da baixa umidade associada ao calor é o aumento do risco de incêndios florestais. Boletim da Defesa Civil dessa terça-feira aponta risco muito alto em todos os distritos da cidade. A orientação é que as pessoas não coloquem fogo em lixo, não soltem balões e não joguem guimbas de cigarro aceso próximo à vegetação.

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