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Petrópolis é a 11ª cidade do estado que realizou mais casamentos em 2024

Segundo o Cartório Civil, 313 uniões foram oficializadas desde janeiro

Foto: Edson Beline
Foto: Edson Beline

Larissa Martins especial para o Diário

O Portal da Transparência do Registro Civil revela que Petrópolis ocupa a 11ª posição no ranking de cidades do Estado do Rio de Janeiro que mais oficializaram uniões matrimoniais em 2024. Desde o início do ano, 313 celebrações foram realizadas na Capital Estadual do Casamento (declarada em junho de 2022 por meio da Lei 9.709/22, sancionada pelo governador Cláudio Castro). O mês de março foi escolhido como o queridinho dos casais, sendo responsável por 98 cerimônias. No total, os meses contabilizaram: janeiro (76); fevereiro (71); março (88) e abril (68).

Ranking das cidades

1ª Rio de Janeiro - 6.355

2ª São Gonçalo - 1.133

3ª Duque de Caxias - 951

4ª Nova Iguaçu - 809

5ª Belford Roxo - 578

6ª Niterói - 525

7ª Campos dos Goytacazes - 484

8ª Volta Redonda - 450

9ª São João de Meriti - 421

10ª Macaé - 317

11ª Petrópolis - 313

Ano anterior

No ano passado, Petrópolis ficou em 13° lugar no ranking estadual. Nos 12 meses de 2023, 1.082 celebrações foram promovidas no município. As cidades que mais uniram casais foram: Rio de Janeiro (22.829); Duque de Caxias (3.297); São Gonçalo (3.247); Nova Iguaçu (2.171); Campos dos Goytacazes (1.929); Niterói (1.773); Belford Roxo (1.700); São João de Meriti (1.674); Volta Redonda (1.147); Magé (1.119); Itaboraí (1.109); Macaé (1.095) e Petrópolis (1.082).

Pesquisa do IBGE

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil registrou 970 mil casamentos civis em 2022, um aumento de 4% em comparação com o ano anterior. Além disso, a pesquisa apontou que 24,1% das novas esposas possuem 40 anos ou mais, e 30,4% dos maridos também estão nesta faixa etária.

A advogada Cátia Vita, especialista em direito familiar aponta que a dedicação a carreira profissional é um dos fatores que contribuem para a escolha de casar mais tarde. A ampliação da idade ao se casar pode estar relacionada ao adiamento da decisão pelo casamento civil e a opção de investir na carreira profissional. Por outro lado, destaca-se que muitos casais optam por ter uma união estável e após anos de convivência resolvem formalizar o casamento. Atualmente as pessoas preferem ter animais e prorrogam a decisão de ter filhos. Muitas vezes aguardando oportunidades de empregos, situação do país, etc. Muitos adiam o sonho de filhos e quando a situação está favorável financeiramente, fica desfavorável no relacionamento. A informação e o custo alto influenciam diretamente na decisão, pontua.

Pandemia trouxe temor

Ela também acredita que o alto número de uniões durante a pandemia pode ter sido ocasionado pelo temor. Acredito que a aproximação de relacionamento e o impacto com as mortes motivaram as pessoas a regularizar a situação de união de fato. Inclusive, preocupados com a parte previdenciária no caso de pensão por morte. Por outro lado, foi registrado aumento no divorcio. Quando o casal escolhe casar após tantos anos juntos, principalmente depois dos 40, o desafio maior é quando há a união estável e após um período acontece a dissolução. Sendo assim, judicialmente esse casal terá que comprovar o marco da união estável e ainda o lapso temporal da permanência desta união, explica.

Uniões homoafetivas

De acordo com o IBGE, ao filtrar somente em uniões homoafetivas, a alta foi de 19,8% no mesmo período. Cátia Vita acredita que o número continuará a crescer nos próximos anos. Houve avanços nos últimos anos em relação ao reconhecimento da família homoafetiva. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a união estável homoafetiva. A partir desta decisão, o Conselho Nacional de Justiça regulamentou, em 2013, a habilitação, a celebração de casamento civil e a conversão de união estável em casamento entre pessoas do mesmo gênero, o que resultou, na prática, no reconhecimento do casamento homoafetivo no Brasil. Foram conquistas importantes que tendem a melhorar, conclui.

Cerimônia e documentação

Os documentos básicos necessários para casar são: certidões do atual estado civil, documentos de identificação/CPF e comprovante de residência. Os valores podem ser variados dependendo da opção de celebração escolhida. São solicitadas duas testemunhas para casamentos na sala do cartório, ou religioso, e quatro para casamentos fora da sede. Para mais informações o site do cartório da cidade ( www.cartoriopetropolis.org.br ) deve ser acessado. É possível solicitar a isenção da taxa, sendo concedida para aqueles que recebem até um salário mínimo.

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