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sexta-feira, 14 de junho de 2024


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Petrópolis mais uma vez é alvo de operação policial

GAECO/MPRJ e DRACO cumprem mandados contra denunciados que desviaram R$ 8 milhões de instituição bancária

Foto: Alcir Aglio
Foto: Alcir Aglio

O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) da Polícia Civil cumpriram, na manhã dessa quinta-feira (13/06), quatro mandados de prisão e dez de busca e apreensão contra integrantes de organização criminosa voltada para a prática de lavagem de dinheiro e fraudes bancárias em grande escala. O GAECO/MPRJ denunciou à Justiça seis pessoas pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, lavagem de capitais e organização criminosa. Os quatro alvos foram presos.

Entre os denunciados estão dois gerentes do banco Santander, agência da Av. Koeler, no Centro de Petrópolis, que teve prejuízo de R$ 8 milhões causados pelo grupo criminoso. Os crimes aconteceram entre os anos de 2019 e 2020.

Em nota, o Santander informa que está atuando na operação em total cooperação com a Polícia, por meio da sua área de Inteligência. O Banco reforça que possui sistemas altamente eficazes para identificar eventuais desvios de conduta e garantir, assim, que seus clientes não tenham qualquer perda financeira.

Os mandados da operação Shell Company obtidos pelo GAECO/MPRJ foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Especializada em Organizações Criminosas e são cumpridos na capital (Barra da Tijuca) e em Petrópolis (Itaipava, Corrêas e Nogueira). A pedido do MPRJ, a Justiça determinou o bloqueio de bens e valores no montante de R$ 8 milhões em desfavor dos denunciados.

A análise das quebras bancária e fiscal foi feita pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD) da Polícia Civil. A operação conta com o apoio de agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).

Grupo criminoso criou holding para lavagem de dinheiro

A investigação revelou que os recursos financeiros da organização criminosa foram canalizados para uma holding criada com o propósito de controlar 11 empresas fictícias, as quais foram utilizadas para lavagem de dinheiro. Os gerentes atestaram indevidamente fatos falsos como verdadeiros documentação falsa e atividade empresarial supostamente desenvolvida e abriram contas para as empresas de fachada. As contas foram utilizadas para respaldar empréstimos milionários e diversas vantagens junto à instituição financeira.

De acordo com o GAECO/MPRJ, durante os anos de 2020 e 2022 os denunciados movimentaram aproximadamente R$ 500 milhões. A análise do fluxo financeiro indica que, além do banco prejudicado, outras instituições financeiras também foram alvo do mesmo grupo.

Shell Company significa companhia de fachada. É o termo em inglês para as empresas sem atividade verdadeira, sendo apenas uma ferramenta para esconder a verdadeira atividade (financeira ou ilícita mesmo) desempenhada.

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