Painel é elaborado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
Larissa Martins
O painel de monitoramento “Atlas Águas”, elaborado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com a colaboração dos prestadores de serviço de abastecimento de água e de parceiros institucionais, mostra que Petrópolis possui um cenário favorável de segurança hídrica, com baixo risco de desabastecimento e bons indicadores de eficiência da produção e distribuição de água. Segundo o levantamento, cerca de 98,90% da população petropolitana tem acesso à água potável.
O tema foi debatido durante a COP30, em Belém (PA), onde a diretora da ANA, Larissa Rêgo, participou, na terça-feira (11), do lançamento da nova versão do Compromisso Empresarial Brasileiro pela Segurança Hídrica, promovido pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
Durante o painel, Larissa destacou que a ANA vem implementando a Política Nacional de Recursos Hídricos por meio de diversos programas e iniciativas e ressaltou que o engajamento do setor privado é essencial para fortalecer a corresponsabilidade na gestão da água. Segundo ela, a Agência atua para integrar diferentes atores e promover a cooperação entre governo, empresas e sociedade.
“É exatamente esse o papel que a ANA tem de implementar junto aos gestores, aos comitês de bacia e a toda a sociedade, sobretudo com a premissa principal de promover o uso racional da água. O Brasil tem hoje 12% da água doce do planeta, mas é preciso ter consciência de que ela é um bem finito. A Agência vem atuando não só na regulação, mas também na execução dessa política pública, ouvindo, dialogando e, por meio de programas, fortalecendo o sistema de gerenciamento de recursos hídricos”, afirmou a diretora.
Metas até 2030
Originalmente lançado em 2018, o Compromisso Empresarial Brasileiro pela Segurança Hídrica foi atualizado neste ano com metas voltadas ao período de 2026 a 2030. A nova versão reafirma o papel do setor privado na construção de soluções coletivas e na adoção de práticas sustentáveis em toda a cadeia de valor, em consonância com a Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 9.433/1997), os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (especificamente o ODS 6 e o ODS 13), o novo marco legal do saneamento básico (Lei nº 14.026/2020), e o Plano Nacional de Recursos Hídricos (2022 -2040).
Entre as cinco metas estabelecidas estão:
Incorporar até 2030 o tema água na estratégia e governança empresarial, considerando riscos e oportunidades e reportando anualmente a evolução do desempenho da gestão hídrica;
Integrar ou apoiar até 2030 pelo menos um programa, projeto ou ação colaborativa voltada à segurança hídrica em bacias hidrográficas, com foco em regiões de alto risco hídrico;
Aumentar em 5% até 2030 a quantidade de fornecedores críticos diretos engajados na adoção de critérios e iniciativas de proteção dos recursos hídricos;
Realizar ao menos uma análise de Pegada Hídrica e estabelecer metas de redução até 2030 para pelo menos um produto, serviço ou unidade;
Atingir, com balanço hídrico positivo, pelo menos uma bacia hidrográfica com risco médio ou alto onde a empresa atua, até 2032.
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