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Petrópolis registra 160 acidentes com animais peçonhentos em 2024

Vítimas devem procurar a Unidade de Pronto Atendimento de Cascatinha para receberem o devido tratamento

Foto: Divulgação
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Larissa Martins

A Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde registrou 160 acidentes com animais peçonhentos, em Petrópolis, entre janeiro e agosto de 2024. No mesmo período de 2023 foram 136 casos. Em um ano o aumento é de quase 18%.

A maioria dos acidentes foi causada por aranhas, com 75 ocorrências em 2023 e 82 em 2024. As picadas de escorpiões representaram o segundo maior índice, com 22 casos em 2023 e 47 em 2024. Outros acidentes envolveram serpentes (19 em 2023 e 14 em 2024), lagartas (16 em 2023 e 14 em 2024), abelhas (0 em 2023 e 01 em 2024) e outros animais peçonhentos (04 em 2023 e 02 em 2024).

Identificando

Segundo o Ministério da Saúde, apesar de muitos considerarem esses termos como sinônimos, existem distinções conceituais entre animais peçonhentos e venenosos. Ambos produzem toxinas em glândulas ou tecidos, mas os animais venenosos armazenam essas substâncias para defesa contra predadores, enquanto os peçonhentos têm a capacidade adicional de injetá-las ativamente, seja em presas para predar ou em predadores para se defender.

Para a injeção ativa das toxinas, os animais peçonhentos utilizam aparelhos inoculadores como dentes especializados, ferrões, quelíceras, cerdas urticantes, esporões, etc. As toxinas, em quantidades relevantes, causam lesões fisiopatológicas dose-dependentes a um organismo vivo, sendo denominadas zootoxinas quando produzidas por animais, e convencionou-se chamar de venenos as produzidas por animais venenosos, e peçonhas aquelas produzidas por animais peçonhentos.

As funções desempenhadas por venenos e peçonhas estão relacionadas ao animal produtor destas substâncias: defesa contra predação, no caso dos venenos, e subjugação e detenção de presas e predadores, no caso das peçonhas. Além disso, podem exercer também função digestiva em alguns animais peçonhentos.

Notificações

Compreender estes conceitos é fundamental para a correta notificação dos acidentes por animais peçonhentos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, uma vez que nem todo animal produz toxinas, e nem todo animal que produz toxinas é um animal peçonhento.

"Em caso de acidente com animal peçonhento, é essencial manter a calma e buscar atendimento médico o mais rápido possível. Evite realizar tratamentos caseiros ou manipular a área afetada de maneira inadequada. A recomendação é lavar o local com água e sabão e procurar imediatamente uma unidade de saúde. Em Petrópolis, a UPA de Cascatinha está preparada para atender esses casos, oferecendo suporte rápido e adequado", explica o secretário de Saúde, Ricardo Patuléa.

Infestação de escorpiões

No início do ano, a cidade enfrentou uma infestação de escorpiões, liderando o ranking estadual, com 13 casos confirmados.

Os escorpiões costumam aparecer principalmente no verão devido à umidade. Eles procuram alimento durante a noite e entram nas residências sem ser notados. Esses animais se escondem debaixo de pedras, cascas de árvores, em paredes, muros mal rebocados, madeira empilhada, entulhos, caixas de gordura, ralos, forros, etc.

Quando se sentem ameaçados, picam com facilidade, causando muita dor, e podendo provocar até a morte, principalmente em crianças e pessoas debilitadas. A picada causa muitos transtornos ao organismo humano como, por exemplo, dor imediata, sudorese, febre, sensação de frio, contrações musculares e irregularidades cadiorrespiratória.

Espécies comuns

No Brasil, existem quatro principais espécies: escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), que é encontrado em todas as regiões do país, sendo considerado o mais venenoso; escorpião-marrom (Tityus bahiensis) encontrado na Bahia e algumas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil; escorpião-amarelo-do-nordeste (Tityus stigmurus) a espécie mais comum no Nordeste do Brasil, apresentando alguns registros nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina; e o escorpião-preto-da-amazônia (Tityus obscurus) que é o principal causador de acidentes e óbitos por picadas de escorpião na região Norte e no estado do Mato Grosso.

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